sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sobre as reflexões de Carmem Silvia....



Abrimos nosso blog para nossos amigos e recebemos um texto bem bacana de nossa prima Carmem Silvia e decidimos compartilhar:






Há muito tempo não paro para escrever, mas nas reflexões dos últimos dias, acabei me arriscando a voltar a fazer, coisa que sempre gostei e acabei deixando de lado com a correria do dia a dia.
Então, segue agora um pouquinho de meus sentimentos...


Mais um ano que acaba... E, outro logo se inicia...

E, é nesse ciclo que tudo acaba acontecendo!
2011 que está acabando foi intenso, cheio de achados e perdidos, reflexões, inseguranças, incertezas, para depois vir a compreensão, amadurecimento, entendimento...

Não posso negar, foi um bom ano... Desejos realizados, sustos passados, perdas acontecidas, conflitos internos muito intensos, amigos reencontrados, família cada vez mais unida (embora alguns um pouquinho mais longe, o que acabou nos reaproximando mais) e muita, muita correria que acabei nem vendo o tempo passar.

E é nesses altos e baixos que vamos compreendendo muitas coisas, aproveitando momentos para mudanças (de aprimoramento para melhor sermos, pelo menos é o desejado) e amadurecendo cada vez mais.

Que todos nós tenhamos um NOVO CICLO de muitas conquistas, reflexões, amizades, muitos motivos para sorrirmos, muita saúde e muita disposição para enfrentarmos tudo o que vem pela frente!!

E, bola pra frente, sempre!!



Carmem Silvia.

Indaiatuba, 30/12/2011


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sobre lavar a alma ou afogar as mágoas?





No Brasil, país rico em diversidade de crenças e religiões, recomenda-se que se façam algumas ‘coisinhas básicas’ na noite de passagem de ano, ou seja, de 31 de dezembro para 1º de janeiro:

Comidas:

LENTILHAS (fartura.Tem que ter e comer)
ROMÃS (dinheiro.Ah, guarde as sementes na carteira, Na sua, claro!).
BAGOS DE UVA (prosperidade e fartura de alimentos. Comer 3 ou 7 uvas e não cachos de uva!)
CARNE DE PORCO (o porco fuça para frente e garante fartura. Ah, por isso a leitoa e o pernil?!!)
NOZES, AVELÃS, CASTANHAS E TÂMARAS
(fartura. Lembrem-se esses alimentos fazem muito bem para a saúde!)

Ah, evite comer os bichos que ciscam para trás. Afinal, você quer que as coisas não aconteçam no seu ano novo ou não? Se sim, cuidado com o peru!

Roupas:

CALCINHA OU CUECA NOVAS (trazem sorte. Dizem que a pessoa tem que ganhar, mas se comprar e usar também está valendo).

A COR DA ROUPA:
BRANCA: paz, equilíbrio.
AMARELA: dinheiro
VERMELHA: paixão
ROSA: amor

Mas se você quiser mesmo se garantir, pode usar uma que tenha várias dessas cores.
Vale também escolher uma cor para o esmalte!!!

Sorte:

Para dar SORTE, TIRAR MAU OLHADO e o que mais você estiver precisando, algumas sugestões:

TOMAR BANHO DE SAL GROSSO
TOMAR BANHO DE ROSA BRANCA
TOMAR BANHO DE SETE ERVAS
TER DINHEIRO NO BOLSO OU NA CARTEIRA
REZAR OU ORAR
FAZER OFERENDA

ACENDER VELA NA PRAIA
TOMAR BANHO DE CACHOEIRA
TOMAR BANHO DE RIO
PULAR 7 ONDAS
TOMAR BANHO DE MAR

E por que não chamar de rituais de ano novo ou rituais de passagem de ano ou
ainda superstições ou simpatias de ano novo.

Há quem não acredite em nada disso.
Há quem acredite em tudo isso e mais alguma coisa.
Há os que aproveitam para pedir e para agradecer.
Há os que acreditam que entrar no mar lava a alma.
Há os acreditam que afoga as mágoas.

Seja você de qual tipo for, aproveite a noite de réveillon para celebrar a vida!

Faça um brinde com um sorriso no rosto, pensamentos positivos, alegria no coração e
esperança de que tudo vai dar certo.

“Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.”
(Fernando Pessoa)

E que tudo o que você merecer se realize no ano que vai nascer!

Salve 2012!

J.
São Paulo, 15/12 2011.
Sol! Tese! E um pouco de
emoção.

Sobre o Natal, os encontros e os presentes



You better watch out
You better not cry
Better not pout
I'm telling you why
Santa Claus is coming to town
He's making a list
And checking it twice
Gonna find out who's naughty and nice


Ah, o Natal... o final do ano... e nessa época a esperança de que dias melhores virão, que tudo de bom pode acontecer no ano novo...

As pessoas mandam cartões (ou emails), enfeitam as casas, compram presentes ou mimos, lembram dos amigos e dos familiares (dos que aqui estão e dos que já se foram...).

Há aqueles que detestam o Natal e que prefeririam dormir num dia e acordar em 26 de dezembro...rsrsrsrs

O Natal traz para a cidade de São Paulo a beleza das luzes e dos enfeites, o barulhos dos brindes e o trânsito... ah, o trânsito... como piora...

Esta é uma época de reflexão. É difícil não fazer um filme deste ano para pensar e sonhar com o ano que vem...

Época de encontrar (ou reencontrar) amigos. De brindar e de dar e receber presentes. Presentes comprados, presentes feitos, presentes escritos, presentes falados... o que importa é o gesto e a lembrança...

O que importa é a troca, o cuidado na escolha, o carinho na entrega...

Não sei por que mas acho presente de Natal tem gostinho especial... Pra você também é assim?

Neste época os almoços com os amigos viram momentos ‘mini glam’ e hoje foi um desses momentos mágicos...

O encontro aconteceu num restaurante novo na Vila Madalena. Decidimos experimentar, fizemos reserva (porque achamos chic), nos arrumamos e fomos. Três amigos...

Sentamos, brindamos, demos muita risada e quase morremos de calor... foi bem divertido.

Eu, que adoro preparar mimos especiais para minha família, para meus amigos e amigas, hoje fui surpreendida pelos presentes que ganhei de meus amigos.


Como eles disseram:

- “Quando vi, achei a sua cara!”

Presente poesia, presentes com segunda intenções (Livro de receitas), presente mimo, presente útil, presente... que delícia!

A minha cara mesmo... chorei e agradeci pelo cuidado, pelo carinho e por eles me conhecerem tão bem!

Se você assim como eu adora o Natal, celebre!

Algumas opções pra você ouvir Santa Claus is coming to town:

http://www.youtube.com/watch?v=ulmFS76QaUc
http://www.youtube.com/watch?v=MiNkll4JSwo
http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=hzPNoRjmE_E

J.

São Paulo, 21/12/2011

Sol!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Sobre o ano das crianças: 2011





Final de ano e as reflexões...

Não sei sobre a sua rede familiar, de amigos e conhecidos, mas na minha, 2011 foi o ano das crianças.

Muitos nascimentos que estou aqui fazendo um esforço para me lembrar de todos. Vamos lá: Malu, Felipe, Rafael, Rafael, Alícia e agora Betina.

Isso sem contar os mais velhos que foram crescendo e se desenvolvendo: Beatriz, Renan, Gabriel, Pedro, Gustavo, Guilherme, Luiza, Lorenzo, Luca, Felipe, João Pedro, Jonas, Yasmin, Sofia, Rafael, Isabela, Isabela e muitos outros e outras que ainda são bem crianças.

E os adolescentes e jovens: Catarina, Julia, Rafael, Giovana, Rayssa, Rodolpho, Marina, Gabriel... e outros e outras...

Ufa! Uma leva de pessoas lindas, espertas e muito queridas. São sobrinhos, filhos dos primos, filhos dos amigos, sobrinhos dos amigos... esse povinho que a gente vai agregando e que sempre quer saber como estão, por onde andam...

Essas pessoinhas que carregamos no colo, que hoje passam férias e vem pedir pouso pra prestar vestibular.

Essas sobrinhas e sobrinhos que a vida colocou na nossa vida, ou na minha pelo menos, e que me faz pensar que estou no caminho certo quando acredito em um mundo melhor, mais gentil, mas responsável e mais carinhoso e honesto.

Tudo isso porque...

Ontem

Eu estava trabalhando na tese quando decidi passear pelo Facebook e vi a mensagem de minha prima Renata:

- "Preciso falar com você.”

O que será que aconteceu.

Liguei para minha tia para pegar o celular de minha prima e conversamos um pouco.

- “Oi Rê, sou. Você precisa falar comigo?”
- “Ah, querida, sim. A Rayssa vai prestar vestibular em São Paulo na semana que vem e... bom, nós não conhecemos nada aí sem SP. Será que ela pode ficar com vocês?”
-“Claro, né!”

Hoje 1:

-“Oi tia. Vem pra cá AGORA!”, exclama Bia.
-“Vem você aqui.”
-“Minha mãe disse que eu só posso ir depois do ano novo. Mas eu vou sozinha.”
-“Sozinha?”
-“Sim, só eu e você. Vai ser legal. beijo, tchau."

Hoje 2:

Eu estava trabalhando na tese quando vejo pular o meu MSN: ‘Cata’ (Catarina)

- “Oi tia? Td bem?”
- “Sim, querida e você? Já de férias?”
- “Sim, tudo bem. Sim, férias.”
- “Diga, queridinha...”, disse eu
- “Tia te amo. Beijo, tchau”

Dias simplesmente felizes!!!!






DA FELICIDADE – Mário Quintana





Quantas vezes a gente, em busca da ventura,



Procede tal e qual o avozinho infeliz:



Em vão, por toda parte, os óculos procura



Tendo-os na ponta do nariz!




J.
São Paulo, 15/12/2011.
Noite estrelada.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Sobre a pergunta e o anel



Curiosamente esta semana duas lindas histórias de amor se consagraram. Não que elas já estivessem consagradas, não. Mas porque elas se oficializaram.

O ritual de passagem é, na minha opinião, muito importante na vida das pessoas. Por isso acredito nas celebrações, nos brindes, nas festas, nos presentes que marcam uma data.

Pode até parecer ultrapassado e há aqueles que digam que não faz diferença se a pergunta aconteceu ou não....

Mas a verdade é: incrível como as pessoas ainda esperam e se emocionam com a pergunta e com o anel.

A primeira notícia veio pelo Facebook com seguinte frase:

- “É assim se que começa um bom dia !!! Bjs a todos !!”

Ele foi pedido em casamento! Pedido em casamento com anel e caixinha azul!!! E como disse uma de nós:

- “Caixinha AZUL é tudo!”.

Os dois já moram juntos há quase dois anos e tem dois bebês caninos. Uma família fofa! Mas o pedido de casamento veio no café da manhã. O momento do dia que meu amigo mais ama.

Alguns podem até dizer: “pra quê se eles já moram juntos?”

O que vale é que a felicidade exalava na voz do meu amigo!!! Ele sonhava com esse momento!!!

A segunda notícia veio por telefone logo pela manhã:

- “Você viu seu email? Ela foi pedida em casamento!!!!!!!”, vibrava a voz da mãe do outro lado do telefone.
- “Me conta tudo. Conta tudo!!!”, pediu a irmã mais velha.

A mãe lendo o email da filha:

-“ Foi ontem à noite, na praia..de surpresa, com champagne....foi tão lindo, numa noite inacreditável de lua cheia! O que mais eu posso pedir, não é mesmo!???
E a pergunta veio...vc quer se casar comigo? Com direito a ajoeilhar e tudo! Super chorei e claro, eu disse que sim!”

As duas choravam e vibravam ao telefone de pura emoção!

Eles também já moram juntos. A história deles é de conto de fadas. Conheceram-se na França e ela mudou de país para ficar com ele

Alguns podem até dizer: “isso era óbvio, eles já moram juntos.”

Uma resposta para as duas perguntas: Pra quê? Por que?

Para celebrar! Para oficializar! Para poder contar: eu fui pedido em casamento. Olha meu anel! Ou eu fui pedida em casamento, olha meu anel!!!

Mesmo que racionalmente tenham para si que ‘a pergunta e o anel’ não façam diferença, pois o que importa é um companheiro (ou companheira)... no fundinho do coração, acho que as pessoas esperam por esse momento.

O momento da pergunta, do pedido, do aceite, do anel, de contar a notícia... Momentos de pura emoção.

Sensação de filme com final feliz: “and they lived happily ever after…”, não é?

E como cantaria Roberto Carlos na música Emoções:

“Mas eu estou aqui

Vivendo esse momento lindo

De frente pra você

E as emoções se repetindo

Em paz com a vida

E o que ela me traz

Na fé que me faz

Otimista demais

Se chorei ou se sorri

O importante é que emoções eu vivi...”



São muitas emoções!!!

Sobre o futuro... CARPE DIEM.

J.
São Paulo, 12/12/2011
Lindo dia de sol.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sobre a força de vontade ou não



Dolores e Marta, duas amigas na faixa dos sessenta anos. Muito diferentes uma da outra.

Dolores bem regrada, magra, daquelas que almoça banana cozida e se dá por satisfeita. Marta era uma consumista compulsiva.

Um belo dia, Marta disse pra Dolores que precisa parar de comprar tanto e que tinha decidido que faria penitência na quaresma.

Dolores perguntou:

- “Como assim?”

- “Vou ficar 40 dias sem comprar nada?”, afirmou Marta

Os dias se passaram...

Faltando dois dias para o final da quaresma, Dolores perguntou:

- “E aí? Conseguiu ficar 40 dias sem comprar nada?”

- “Consegui. Não comprei nada, mas deixei tudo reservado para eu comprar daqui dois dias.”, disse Marta aliviada

J.
São Paulo, 09/12/2011.
Chove chuva!






A lista das coisas que não faço mais....




68 anos, esta Bahiana simpática e muito elegante um dia desabafou:

- “Decidi que tem coisas que eu não faço mais. Nunca mais.”
- “Como assim?”, perguntei.
-“ Ah, não. Não vou a feira livre, feira de rua, sabe? Não vou mais à feira de artesanato, restaurante por quilo... “

E a lista seguiu.

A segurança com que ela afirmava que nunca faria aquelas coisas me fez rir.

Fiquei pensando que deve ser bem bacana você decidir que algumas coisas você simplesmente não quer mais fazer e, pronto, não faz.

Nunca tinha pensando nisso.

Parece-me mais comum pensarmos nas coisas que queremos fazer, não é mesmo?

Mas pensando bem...Quanta coisa que fazemos por fazer... não é mesmo?

E quanta coisa deixamos de fazer para fazer outras que nem queríamos tanto assim?

Fiquei pensando na lista de coisas que eu não faço mais... e você, já pensou na sua?

J.
São Paulo, 09/12/2011.
Chove chuva!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Sobre o refinamento...

Era uma vez uma moça caipira que arrumou suas malas, pegou a estrada e chegou na Capital. A Capital era a cidade de São Paulo, uma das maiores do mundo.

Cheia de esperança e com alguns objetivos lá foi ela desbravar a Babilônia Desvariada.

A moça falava línguas, tinha morado fora do país e estava acostumada a eventos. Ou pelo menos achava que estava até chegar em São Paulo.

O tempo foi passando e ela foi conhecendo a cidade, algumas pessoas, fez alguns amigos, mas percebia ainda que não se encaixava nos padrões da cidade grande.

Um dia ela foi a uma entrevista de emprego e conheceu sua nova chefe. A chefe percebeu na moça um potencial e, mesmo sabendo de sua falta de experiência, decidiu dar-lhe uma oportunidade.

As duas começaram a trabalhar juntas e a moça precebia que a chefe era muito bem vestida. Uma mulher elegante e refinada.

Apesar de seu esforço e de sua obervação, a moça demorou para entender que a aparência, numa cidade como São Paulo, fazia (e faz) diferença.

A constatação veio de repente: um dia a moça foi trabalhar com uma roupa combinando, segundo ela. Mas... que sua chefe repudiou.

Neste dia, muito elegantemente, a chefe conversou com a moça. Explicou para ela sobre a aparência e o quão importante isso poderia ser em sua vida profissional.

A moça, desafiada a mudar sua aparência, consultou um amigo que a ajudou a comprar umas roupas básicas, daquelas que toda mulher (que trabalha fora) deve ter em seu guarda-roupa.

A mudança foi logo percebida não apenas pela chefe, mas pelas outras colegas de trabalho...

Elas não trabalham mais juntas, mas ainda se encontram para colocar a conversa em dia.

Foi a atenção dada pela chefe que transformou a moça caipira numa mulher da cidade grande.

Ela, a moça, tem seu estilo, isso lá é verdade, mas conquistou a elegância e o refinamento.

A moral dessa história (com ‘h’ porque ela é verídica) pode ser elegantemente resumida na frase de Silvio Passarelli:

“Um comportamento refinado é construído de pequenos detalhes e atenções.”

Experimente. Refine-se!

Sobre a sabedoria...

O período de reclusão para escrever uma tese de doutorado é bem interessante.

Eu poderia até dizer difícil, solitário, entediante, estressante, cansativo, divertido, animador, apaixonante... mas interessante é a palavra que cai melhor hoje.

Interessante pensar que a pessoa tem muito tempo para se dedicar a alguma coisa e às vezes, na maioria das vezes, não consegue enxergar isso como uma coisa boa.

Interessante porque a pessoa pode ficar sofrendo por está sozinha, entediada, cansada, mas ainda assim tem a possibilidade de se dedicar a uma coisa só.

Interessante porque a pessoa pode estar completamente apaixonada pelo seu tema, animada com as perspectivas e se divertindo com a possibilidade de se dedicar a uma coisa só.

Essa variação de pensamentos faz parte do processo de doutorado. Creio eu.

Dizem que o neste processo as pessoas se tornam mais sábias. Acumulam conhecimento. Desenvolvem seu intelecto e finalizada esta fase tornam-se ‘doutoras’. E com esse título estão aptas para desbravar novos mundos... novos horizontes...

Lindo tudo isso, não é? Mas durante meses sofri com esse processo.

Bobagem! Tudo bobagem!

Acordei esta noite com um aperto no peito. 4:30 da madrugada. Acordei. Aparentemente estava tudo bem...

Ao telefonar para a casa de minha avó fiquei sabendo que ela, uma das pessoas mais importantes em minha vida, uma das mulheres que mais amo neste mundo, tinha ido novamente para o hospital com dores abdominais.

Digo novamente, porque segundo ela mesma com sua voz fraquinha me disse:

- “Não sei o que está acontecendo. É a quarta vez que vou parar no hospital.”

Meu estômago se contraiu e meu coração palpitou...

Olhei para meu computador, para meus livros, para minha tese, para minha ‘solidão’ e pensei:

-“Sofrer por isso? Que bobagem.”

Demorei, mas entendi o que Rubem Alves quis dizer com: ‘a sabedoria é saber sofrer pelas razões certas’.

J.
São Paulo, 08/12/2011.
Faz sol no dia em que a Av. Paulista completa 120 anos.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sobre cativar e cuidar



Cuidar: preocupar-se com, interessar-se por; responsabilizar-se por (algo); administrar, tratar, olhar; tomar conta; acautelar-se, prevenir-se; reparar, atentar para, prestar atenção em...

Eu nunca tinha olhado os significados do verbo cuidar no dicionário. Confesso que achei bem interessante.

Minha curiosidade se deu depois que ouvi de um amigo:

-“Ela... ela não cuida de mim...”, disse ele com olhos marejados e a voz baixa.

E continuou contando o quanto se sentia descuidado pela mulher que escolheu para ser sua esposa. O quanto ela pouco se importava com ele. E sobre a falta de cuidado nas pequenas e rotineiras coisas do casamento.

Ao ouvir aquilo fiquei refletindo sobre o casamento e sobre o quanto é uma questão de cuidar. Cuidar da casa, dos filhos, do trabalho, da comida, do outro e de si mesmo.

Agora que descobri todos os significados do verbo cuidar, minha opinião fica ainda mais fortalecida. No casamento é preciso cuidar, preocupar-se com, interessar-se por; responsabilizar-se por (algo); administrar, tratar, olhar; tomar conta; acautelar-se, prevenir-se; reparar, atentar para, prestar atenção em...

Quando o cuidado deixa de existir e a rotina simplesmente engole as pessoas, os casamentos mínguam. Não necessariamente terminam, mas mínguam...

Mas e aquelas pessoas que não sabem cuidar? E as que só sabem ser cuidadas? E as que só cuidam do outro e esquecem de si?

Cuidar pressupõe troca, afeto, carinho, alegria, segurança, atenção, paciência, diálogo, respeito, admiração...

Para cuidar de si e do outro é preciso conhecer, a si e ao outro. Atentar-se para si e para o outro.
E durante esta reflexão sobre cuidar, encontrei a frase de Saint-Exupéry, em O Pequeno Príncipe:
Eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens necessidade de mim.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro.
Serás para mim único no mundo.
E serei para ti única no mundo.

Cative e cuide, porque afinal de contas: tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas (Saint-Exupéry em O Pequeno Príncipe).


J.

São Paulo, 06/12/2011.

Muita chuva...


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Sobre a pizza



Os paulistanos garantem que na cidade de São Paulo são elaboradas as melhores pizzas do mundo.

A tradição de comer pizza aos domingos é seguida à risca e as filas nas pizzarias são imensas.

Todo ano são escolhidas as melhores pizzarias da cidade e em cada pizzaria o degustador pode encontrar os mais variados recheios. Tantos que fica até difícil escolher.

Os italianos se dizem os melhores fazedores de pizza. As pizzas italianas têm massa fina, molho de tomate, queijos e um ou outro recheio extra.

Comer pizza na Itália também é uma tradição. E na cidade de Napoli o ritual da pizza é seguido de diversos outros mini salgados feitos com a massa da pizza. Mesa cheia e muito vinho da casa.

Os paulistanos que viajam para a Itália sempre provam a pizza e concluem que a pizza de São Paulo é a melhor. Mas o que dizem os italianos que experimentam a pizza em São Paulo?

- “Pizza é um compromisso entre massa e recheio.”, disse Luigi.

J.
São Paulo, 02/12/2011.
Sexta-feira chuvosa.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

‘Todo mundo é muita gente.’




‘Todo mundo é muita gente.’

Ouvi esta frase e lembrei de um amigo que ainda não vi este ano...

Uma vez ele me contou de uma colega de trabalho que dizia coisas sem pensar. Uma vez, numa mesa de bar, ela solta a pérola:

-“Todo mundo teve uma banda de garagem!”

As pessoas olharam para ela com cara de interrogação e esse meu amigo, muito espirituoso, não perdeu a oportunidade:

-“Todo mundo é muita gente, não acha?”


-"Ué? Quem não teve?"

Ela, na sua arrogância, não conseguia imaginar que muitas das pessoas sentadas naquela mesa não tiveram, na adolescência, as mesmas oportunidades que ela. Nem que algumas ou muitas delas sequer quiseram ter uma banda de garagem...

Lembrando dessa história contada por meu amigo, fico pensando no uso de frases com os conhecidos: ‘nunca mais’, ‘para sempre’, ‘todo mundo’, ‘a família inteira’, ‘todos os meus amigos’, ‘melhor amigo(a)’, dentre outros, é muito comum.

Mas será que pensamos no que elas significam antes de usá-las?

Para mim essas frases significam:
+ ‘nunca mais’ – algo que acabou, que não poderá mais ser feito, falado, comido, bebido...
+ ‘para sempre’ – algo que não acaba
+ ‘todo mundo’ e a ‘família inteira’ – muita, muita, muita gente. Onde estão aqueles que a gente nem conhece?
+ ‘todos os meus amigos’ – certamente são poucos os realmente amigos ou não?
+ ‘melhor amigo(a)’ – um só??? Por que tem que escolher?

E você? Como usa essas frases?

J.
São Paulo, 27/11/11

Sobre o olhar dos outros sobre nós...



Bárbara e o SPA.




Bárbara decidiu tirar uma semana para descansar.
Descansar e porque não perder uns quilinhos...

Decidiu passar uma semana num SPA.

-“SPA? Férias num SPA?”, perguntaram alguns.

Claro que não, né?

Férias e perder quilinhos são coisas distintas... Descansar em um SPA entra na categoria descanso, mas fora da categoria férias.

Lá foi ela. Animada para ver o que lhe esperava.

Chegou lá e logo se integrou com a mulherada. Claro, porque num SPA a população é quase totalmente feminina. Por que os homens perderiam seu precioso tempo num SPA? Só por ordens médicas, imagino eu...

Descanso, atividade física, dieta, muito bate papo e assim passou a semana... Feliz e tranquila...

Uma de suas amigas estava super curiosa para saber como tinha sido a experiência. E assim que ela chegou, elas se telefonaram.

-“E aí, como foi?”
-“Você acredita que eu era a mais magra de todas e ninguém entendeu porque eu estava lá?”
- “Nossa, acho que vou amanhã para este SPA!”, exclamou a amiga.

As duas riram e descobriram que de vez em quando é bom deixar que os outros nos vejam com outros olhos...

J.
São Paulo, 27/11/2011

Sobre a separação








Pensando na palavra separação:

- Separar a ação
- Parar a ação
- Ação

Quem já passou por uma separação pode dizer que fácil não é, mas certamente consegue olhar para a situação e ver que é necessária (a separação). Ou por escolha ou por falta dela.

Existem diversos tipos de separação:

O primeiro deles é sem dúvida o ato de nascer. Estamos confortáveis e protegidos no ventre materno e de repente... BUÁÁÁÀ...
Bem vindo ao mundo exterior...

Uma mãe decide que é hora de tirar seu bebê do seu quarto e colocar no dele: Um tipo de separação.
- “Tão pequenino e tão frágil. Será que ele não vai sofrer ou sentir minha falta?”, pensa a mamãe. No fundo, ela sofre por ter que se separar daquele serzinho que para ela a dor da separação pode ser muito grande.

A criança que completa o ciclo da pré escola e vai para a primeira série (ou o primeiro ciclo). Algumas ou muitas vezes a criança precisa mudar de escola e deixar o conforto dos seus melhores amigos para conhecer novos melhores amigos num ambiente diferente, maior e com mais responsabilidade. Outro tipo de separação.

E outros:
O jovem sai de casa para estudar.
As pessoas se morrem...
As pessoas que mudam de cidade por conta de uma escolha profissional ou pessoal.
Os amigos se afastam.
Quando o celular fica sem bateria ou ficamos sem internet.

E, a tradicional: quando um casal decide se separar...

Em todos os tipos de separação há ação de se separar de alguém ou de algum lugar acontece. Há a ação de parar de agir de um jeito para agir de outro. Há a necessidade de agir...

Pode ser mais ou menos sofrida... depende do ponto de vista.

Mas ainda assim, em todos os tipos de separação eu acredito que ela seja uma segunda chance.

Oras!

No caso clássico de separação de casais:
Os parceiros/parceiras (marido/mulher, enfim...) já não estavam felizes naquela relação. A ação de estar junto com aquela pessoa deixa de ser boa, deixa de te deixar feliz...
O que você vai fazer?
Insistir em ficar quando o melhor é partir... separar.

Neste momento, apesar do sofrimento e do estranhamento, lhe é dada uma segunda chance.

A nova chance para começar de outro jeito... E por que não de começar do seu jeito? Do seu jeito novo. Do seu novo jeito.

A segunda chance é dada nos diversos tipos de separação.
Talvez o segredo esteja na simplicidade de olhar para este momento com o coração, a mente e os olhos bem abertos para ser capaz de enxergar as oportunidades...

Agarre sua segunda chance e seja feliz.

Para o meu amigo que recebeu uma segunda chance de ser feliz...

J.
27/11/2011.
São Paulo, noite de domingo...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sobre o texto e o gesto...







Aconteceu uma coisa muito bacana comigo e com minha irmã e queremos compartilhar...

Na semana passada minha irmã recebeu um email com os vestidos da nova Coleção da Adriana Barra. Ela ficou tão encantada que se inspirou e escreveu um lindo texto que postamos neste blog: “Sobre a beleza estampada...”

Quando eu li o texto, achei tão especial que pensei:

-“A Adriana Barra merece receber este texto. E a Thaís merece que a Adriana leia este texto.”

Sem consultar minha irmã enviei o email para a Roberta (colaboradora da Adriana que tinha enviado o email para Thaís) e para um email que encontrei no Blog “Na Linha”, da Adriana.

No email escrevi:

Oi Adriana e Roberta,

Eu e minha irmã Thaís estivemos na loja de SP há alguns meses procurando pelo vestido de casamento de minha irmã.
Desde criança ela sempre quis me imitar e por que seria diferente com o seu vestido de casamento?
Eu casei com um vestido Adriana Barra e foi um luxo.
Ela ainda está decidindo quando vai se casar, mas o vestido... ela já escolheu: o vestido da foto anexa.

Bom, mas o que quero contar é que a Thaís recebeu o email da Roberta com as fotos da coleção nova e amou tanto que se inspirou e escreveu um texto.
Nós duas temos um blog no qual postamos textos que escrevemos.

O texto ficou tão bacana que decidi enviar para vocês.

Esta é a versão corrigida (a Thaís mora em Buenos Aires e já erra no português).

Um beijo e divirtam-se,
Juliana

Quando a Thaís recebeu o email, pois estava copiada... vibrou e escreveu:

Mana, vc é o max....tomara que isso chegue até a Adriana...

Uns dias depois, recebemos um email super fofo da Roberta, contando que tinha gostado do email, mas não tinha conseguido ler o texto. Pediu para que eu reenviasse o texto e disse que mostraria para a 'Dri'.

No creo en brujas, pero que las hay, las hay.

Hoje recebemos um email da própria Adriana Barra dizendo que tinha se emocionado com o texto da Thaís. E mais, disse que gostaria de postá-lo no blog dela e pediu uma foto nossa que considerássemos especial.




Num mundo onde as pessoas mal tem tempo para responder aos emails de seus amigos, Adriana Barra, estilista mundialmente conhecida e reconhecida, teve o tempo e o cuidado de abrir, ler e responder a um email enviado por uma desconhecida...






Ficamos tão emocionadas com o cuidado que elas, a Adriana e a Roberta, tiveram conosco que ficou mais claro para nós o dom da Adriana de embelezar o mundo e as mulheres...

Para nós e para elas, Adriana e Roberta, uma frase que AMO do Mário Quintana:

‘O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.’




Sobre um belo texto e um belo gesto...

J.
São Paulo, 22/11/2011 (noite chuvosa de primavera).

domingo, 20 de novembro de 2011

Carta de uma mulher feliz



Aos amados : filho e nora, filhas e genros, neta e neto,


"O real não está na saída nem na chegada; ele se dipõe para a gente é no meio da travessia"

( Riobaldo citado no livro Variações do Prazer -Rubens Alves).


É isso a vida da gente, a realidade se mostrando cada dia com uma cara nova .

Nossas reações ao acordar, nossas emoções frente ao cotidiano,parecem ser iguais, mas não o são. Muitas vezes teimamos em repetir atitudes e comportamentos que não cabem mais naquele momento , que serviram ontem , mas hoje é outro dia.

Quando vemos pessoas que nos são próximas mudando suas vidas em função de uma realidade que se altera inesperadamente , que podem ou não ser escolhas pessoais e que muitas vezes são oportunidades que se apresentam uma vez apenas.

Como a história do trem que passa e em cada viagem é uma viagem diferente, e que em cada estação sinalizam para a gente, o trem vai partir , sobe ou não , carrega sua mala pesada como um fardo , ou a leva vazia para enche-la de novas conquistas .

É a esperança de um tempo novo ou a amargura do que deixou...


E eu o que tenho para dizer a vocês sobre a minha vida , sobre a minha travessia?

Posso afirmar-lhes que até então vivi plenamente, grandes sofrimentos não os tive, algumas perdas me marcaram, sucesso na carreira? Posso afirmar que tive.

Casei-me com o amor da minha vida, que conheci lá pelos anos 60.

Tive filhos que me fazem muito feliz e que juntamente com seus pares aumentaram minha família hoje somos em dez , ah ou melhor doze com os netos que ai estão .

Então só tenho que agradecer a Deus essa vida que me foi dada viver.

Espero continuar por muito tempo nessa travessia, olhando vocês na sua caminhada, num contato olho no olho, através de um email, de nos vermos no skype, da voz de alguém me chamando na porta, de uma chamada pelo telefone, para me dizer : mãe ,não vai dar para ir... ou estamos chegando ... tenho novidades... pode me escutar?... ou ainda você pode me ajudar? Receber bilhetes e cartinhas dizendo que me amam...

Essa é a minha vida, essa é a vida que tenho procurado viver por mim, por vocês e com vocês e o melhor: sou feliz!Que possamos terminar o ano de 2011 em paz, com muito amor e fé .

Que possamos usar nossos muitos talentos para o bem: na família, com os amigos, no trabalho, em todos os lugares onde nossa ação possa ser sentida.

FELIZ NATAL E QUE 2012 SEJA DE MUITAS CONQUISTAS PARA TODOS. PAZ E BEM. VOCES SÃO A RAZÃO DO MEU REAL VIVER .

M.T.
Rio Claro, um dia de novembro de 2011.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Sobre chá, café e cerveja...

Numa cidade como São Paulo existem alguns programas que são tão bons de serem feitos e que a gente pode fazer só ou acompanhada...

Tomar um café é um deles.

- “Café?”
- “Sim.”

Tomar cerveja é outro.

-“Cerveja sábado?”
-“Sim. Onde?”

E pronto. Lá estão os amigos sentados no seu café ou bar preferidos conversando falando sobre nada e tudo. Depende do sai, claro!

Mas esse convite se deu de forma um tanto quanto inusitada...

Rita tinha visto numa revista a propaganda de porta saquinhos de chá. Isso mesmo. Uma peça de design. Uma novidade.

Comentou com Daniela e Paula sobre sua vontade de adquirir esses objetos de desejo que estavam à venda no bairro do Bom Retiro.

Elas nunca tinham ido ao Bom Retiro e como boas forasteiras aproveitaram a oportunidade para conhecer um lugar novo.

Lá foram elas. Metro, linha amarela, até a Estação da Luz. Ah, que linda a Estação da Luz!!!! A Pinacoteca. O Museu da Língua Portuguesa. Quantos pontos turísticos.

Olha o mapa, olha o mapa e foram caminhando, olhando, passeando e conversando muito.

Andaram, andaram, andaram e chegaram ao endereço da suposta loja que vendia porta saquinhos de chá.

Numa rua pouco movimentada, uma casa velha pintada de verde escuro com dois mendigos deitados na frente.

-“Será que é aqui?”
-“ É aqui?”
-“Ixê... desculpa, gente, que horror.”

O endereço era esse mesmo. Elas estavam certas.

Daniela decidiu apertar a campainha. A enorme porta verde de ferro se abriu e dela saiu um rapaz que não entendeu bem o que nós queríamos.

Bom, a porta se fechou e se abriu mais umas duas vezes até que foram informadas que o show room era em outra rua.

Lá foram elas. Decididas a comprar o tal do porta saquinho de chá.

Chegaram ao outro endereço e novamente uma enorme porta de ferro.

-“Pois não?”, perguntou uma moça pela porta entreaberta.
-“Nós viemos comprar este porta saquinhos de chá que vimos nesta revista.”
E mostraram a página da revista.
-“Ah, sou nova aqui. Já volto.”

E uns 5 minutos depois um moço nos convida para entrar...
Entraram e ele gentilmente explicou que eles não vendiam nada. Eram apenas os importadores.

Agradeceram e saíram de lá rindo muito.

-“E agora? Onde estamos? Como vamos embora?”
-“Ah, vamos tomar um taxi?”

Taxi? Quem disse que tinha ponto de taxi?

De repente elas olham para o ônibus que piscava “VILA MADALENA”.
Abanaram a mão e mesmo fora do ponto o motorista permitiu que elas subissem.
Claro, percebeu que elas estavam perdidas.
Entraram no ônibus e aí veio a pergunta:

-“Cerveja?”
-“Já que não vamos tomar chá. Vamos tomar cerveja.”

Chegaram à Vila Madalena. Sentaram no Bar Mercearia São Pedro e pediram:

-“França, uma cerveja.”

Brindaram e concluíram:

-“Não importa o motivo, o importante é estar com os amigos e “bebemorar”, seja com chá, café ou cerveja.”


J.
18/11/11
Noite estrelada e fria em São Paulo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Sobre a beleza estampada…

Chego ao trabalho e só por vício, checo meus emails pessoais para ver se, de repente tenho um email bombástico da família ou de um bom amigo para animar o dia, acontece que hoje tinha um email, não consideraria bombástico mas que animou bem o dia!

Recebi o email da nova coleção Adriana Barra inspirada no Hawaii! Com um email super simpático de uma das vendedoras da linda loja dos jardins como se eu fosse a melhor cliente do mundo! E neste email anexou fotos da nova coleção.

Pensei bom, porque não ver AGORA...e só de ver os vestidos por foto por email estando em outro país já alegrou meu dia. Que danada essa Adriana que consegue as estampas mais lindas, sempre com designs novos e o resultado, roupa 100% brasileira, é impressionante a capacidade dela de ser tão brasileira no que faz, suas roupas são a nossa cara, cheias de vida, de beleza, de cores, de alegria.

Que vontade de estar aí hoje, só para ter a possibilidade de dar uma passadinha lá no sábado de manhã com minha irmã... pra xeretar, provar um milhão de coisas e quem sabe encontrar algo que caiba no meu orçamento, já que Adriana é muito mais para meus olhos que para minha carteira!

Quando não estamos mais aí, no Brasil, nos damos conta que sim, podemos ser brega, mas somos vivos, somos divertidos, não somos padronizados, por mais que pareça que sim, quando aí estamos...

E Adriana retrata da melhor maneira possível essa forma de ser brasileira... ADORO.... em sua homenagem sairei com um vestido verde de flores neste final de semana pra que todos me olhem pensando, olha essa louca....e se pudesse sairia com uma plaquinha pendurada, louca não, brasileira e original!

E a Adriana, peco que continue criando e produzindo e mesmo que seja inspirado em qualquer outro lugar do mundo, que continue sendo a nossa cara e me arrisco a dizer nossa marca registrada, das mulheres lindas!

E peço desculpas por não poder comprar tudo, na verdade quase nada, mas continuarei te procurando na internet, e visitando suas lojas sempre que possível pra me ver nos espelhos com suas obras!

E as pessoas que estão aí, aproveitem, visitem, provem, comprem se puder e se nada disso que pelo menos tenha cores e flores em suas roupas, que represente no que veste o que sente e que esse sentimento seja positivo e que seja compartilhado!

Ai que delícia um sábado de futilidade em meio a uma vida cheia de responsabilidades, correria e contas a pagar! Em sua homenagem mana!
T.
Buenos Aires, 17/11/2011

Inspirada na Coleção da Adriana Barra: http://www.adrianabarra.com.br/
Divirta-se no site.
A estampa texto não é da Adriana Barra faz parte da nossa coleção pessoal de tecidos estampados.

domingo, 13 de novembro de 2011

Sobre o bode…



Acho que o bode merece um texto no nosso blog, não o bode animal, mas sim o bode estado de espírito!
Se bem que aproveito para homenagear o bode animal, como uma boa e fiel capricorniana!
Quando menos esperamos, ele vem, o bode, sem uma causa específica, e sim fruto de um mundo de possibilidades! O bode chega, no meu caso, case sempre de mansinho e vai se instalando e geralmente ele vem pra ficar!
Com o tempo aprendemos o que atrai o bode, uma noite mal dormida, a falta de desafios no trabalho, a falta de exercício físico de qualquer espécie, uma dieta rigorosa, a falta de grana, uma briga conjugal ou familiar...agora, como evitar?? Nem com muita sabedoria espantamos o bode....
Hoje ele veio. Já se instalou e parece que vai ficar...por que? Depois de duas noites mal dormidas....porque? Dor de barriga e tormenta, é possível? Agregar aí duas xícaras de desanimo profissional e uma pitada de desalinhamento de idéias conjugais = Bode de férias nesse meu corpinho!
Então vai aqui meu pedido, ao bode:
“Sr. Bode, gostaria de pedir com todo respeito que não permaneça muito tempo ao meu lado, eu até que gosto de sua companhia e o respeito muito sendo o símbolo máximo de um capricorniano e até me identifico com você, mas por favor Sr. Bode, vá dar uma volta por outras bandas que hoje ainda é quarta-feira, tenho o dia cheio de reuniões e está prognosticado chuva, mais um motivo pra você sair de perto!
O Sr. Sabe, que quase nunca peco que vá, mas hoje sim.
Espero que entenda e que encontre um lugar mais confortável por esses dias.”
Agora vamos esperar e acreditar que o bode é sábio!!!! Ele também aprende com o tempo, apesar de ser um pouco “cabeçudinho”.
Bom dia a todos aqueles, que como eu, acordaram com o bode!

Buenos Aires, 09/11/11
T.

Sobre nossos momentos de loucura…



Desde ontem carrego comigo uma pequena chama de loucura, por que? Já vou contar…
Era uma vez 5 meninas que entraram para trabalhar na mesma empresa num desses programas de trainee. Cada uma delas com formações e experiências diferentes, mas com algo em comum que até hoje não saberia definir em palavras.
De muitas meninas, essas 5 se uniram, conversavam até, divertiam-se. Fizeram com que nascesse desses momentos uma amizade.
Em seu tempo cada uma seguiu seu caminho...
Começou com a notícia de que uma se casaria e em seguida veio com que iam morar no Canadá. Foram e já voltaram e hoje vivem em Campos do Jordão, juntos e felizes com seu cachorro, numa casa com quintal, bem longe das grandes corporações… mas ainda com muitas inquietações na alma!
A outra com a “firmada” com o namorado, também parte desse grupo de trainees, depois de muita dúvida, só não estão morando juntos porque o pai dela não deixa! Ou porque talvez ela queira espaço… ou porque na verdade hoje ela não tem residência fixa, com uma carreira de muito sucesso, a mais nova coordenadora, coisa que sempre foi para nossos eventos, agora é de projetos internacionais! Feliz, voando daqui para lá e com um porto seguro!
Acreditam que tinha outra que acreditava em Principe??? Acreditava tanto, mas tanto que acabou se casando com um, ao melhor estilo Princesa! Quando apareceu uma boa oportunidade de trabalho em outra empresa, sem pensar muito saiu da tristeza para a alegria diária profissional, com muitos desafios e muito reconhecimento por todo trabalho bem executado… e que mais posso falar, super feliz com seu príncipe com a promessa de assumir a tão merecida Xe, deixará tudo para ir morar em Luxemburgo, porque princesa que é princesa...
Uma delas tinha um amor secreto declarado, que mantinha a banho maria e enquanto isso ela crescia profissionalmente mas sempre com o sentimento de algo mais por viver…um dia, decidiu, fez as malas e foi e hoje esta na Argentina, com seu amor, com a vida profissional em recuperação e ascensão…feliz e com saudade!
E para terminar, o motivo que fez que todas essas pessoinhas maravilhosas e especiais se encontrarem: mais uma se casa!
Uma das cinco a mais bárbara de todas!!!! Essa é aquela que todas notavam quando entrava. Sempre impecável e até um pouco séria, super responsável e acho que a mais correta de todas. Também acho que a mais doce de todas e talvez a mais brava. Ela se casa amanhã, depois de anos de namoro, convivência, ‘desconvivência’, algumas brigas e muito companheirismo, se casa com a pessoa que apesar de tudo e de nada sempre esteve ao seu lado. Uma lutadora pela vida, um exemplo de força a todas as outras.
Ela se casa e depois de muito tempo, todas conseguem se reunir, cada uma sairá de seu mundo particular para participar deste momento… algumas decidiram faz tempo e outras de ultima hora mas todas estarão presentes, lindas e sorridentes para celebrar esse momento que ficará em nós para sempre!
E o por que da loucura?
Por que a que vive na Argentina não ia… porque recentemente teve que ir a Brasil para o batizado de seu sobrinho e acabava não sendo tão lógico por não ser grátis…mas enfim, de que vale a vida se não estamos presente nos momentos especiais de pessoas especiais, não é mesmo…
Ainda mais quando temos a possibilidade de ter um encontro Sex & The City!!!
Quem perderia??
Que as que faltem casar, casem, façam festas e chamem as outras para que todas possam, de novo, estar juntas. Celebrando as conquistas, os sonhos, a vida!

Buenos Aires, 20/10/2011
T.



segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sobre a crise dos 30



Rita fará 30 anos em breve.
E há uns meses passou pela CRISE PRÉ 30.
A crise foi tão pesada que ela teve uma alucinação.
Viu uma placa em neon que piscava para ela sem parar: 30! 30! 30!
Parece maluquice, mas muitas mulheres passam por essas crises de idade: 30, 35, 40, 45, 50, 60 (e chega, né?!!!).
Passada a crise dos 30, ela conseguiu perceber que fazer 30 anos não será tão ruim assim.
Aí, veio a outra versão de Rita: a Poliana.

- “Seria muito lindo fazer 30 anos com todos ao meu lado!”.

Mas como toda boa amiga, Diana, teve que ser sincera com Rita, e disse:

- “Rita, olha só, apenas ressaltando: fazer 30 anos não é lá muito lindo...
A bunda começa a cair, o quadril aumenta, você não pode esquecer de passar protetor no rosto e nas mãos (tem que passar todos os dias) e todos começam a perguntar quando você terá filhos....
É, sério”, disse Diana.

Rita estava atenta mas ria muito.
E Diana continuou:

-“Mas fique feliz porque tudo bem.
Os 30 passam e aos quase 40 tudo isso se resolve...
Você tem que entrar na academia (definitivamente).
Você e suas amigas já não comem mais carboidrato à noite.
Vinho passa a fazer parte de sua dieta.
As pessoas já não perguntam mais dos filhos.
Você se torna uma pessoa interessante.
Você e suas amigas percebem que estão bem melhores do que nas décadas de 80 e 90!!!!
Enfim, dizem tudo se encaixa aos quarenta, Amiga.”

Rita riu muito do comentário de Diana e as duas continuaram conversando e tomando seu delicioso café.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Sobre emoções no teatro




Domingo tranqüilo em São Paulo e um casal caminhava tranquilamente pela Vila Madalena.

Ele carregava em seu bolso o celular dela. De repente toca o telefone. Um amigo dele de longa data faz o convite.

- “Teatro hoje às 18hs, vamos?”

-“Claro, vamos.”

Há muito esperávamos para assistir àquela peça na qual Fernanda Montenegro interpreta Simone de Beauvoir. A dama do teatro brasileiro conta de maneira precisa e envolvente a história Simone de Beauvoir.

Comovente! Um monólogo de emocionar! Mas como não sou crítica de teatro, vou apenas contar o que senti.

Durante a peça é impossível tirar os olhos e desviar a atenção. O texto é denso. Frases como “não se nasce mulher, transforma-se em uma mulher” trazem à reflexão.

Difícil não pensar sobre a forma de viver escolhida por Simone de Beauvoir ou por seu amor incondicional por Sartre.

Difícil não concluir que só a dama do teatro brasileiro poderia ter interpretado este papel.

Duas mulheres lindas, fortes, ativas, diferenciadas, femininas, versáteis, públicas, exemplos de mulheres que fazem a diferença.

Concordar ou não com o modo escolhido por Simone de Beauvoir de viver é perder tempo em não refletir sobre seu papel no mundo.

Ir ao teatro assistir Fernanda Montenegro é um presente. Obrigada!

Experimente! Vá ao teatro!

Peça: Viver sem tempos mortos.Teatro Raul Cortez em São Paulo

São Paulo, 31/10/11.
Chove!
J.

Sobre uma noite estrelada em Nova Iorque




Início da primavera em Nova Iorque. Frio. Sol. Chuva. Neve. Nova Iorque.

O que esperar quando se esperou tanto para conhecer esta cidade.

Caminhadas pelo Central Park. Café em Union Square. Museus. Mais cafés.

Horas caminhando pela cidade que nunca dorme apenas para admirá-la.

Muitas dicas nos foram dadas.

-“Vocês tem que ir neste lugar. E neste e naquele.”

Mas uma semana não foi suficiente para visitarmos todos os lugares que nos foram indicados.

A cidade é de fato incrível. Vibrante. Colorida. Agitada. Plana. Ampla.

Seguindo nossa programação, que não foi lá muito planejada, chegamos ao MOMA. Museu de Arte Moderna de NY.

Que emoção!

Na entrada uma multidão. Lá dentro outra multidão.

Caminhamos traquilamente escolhendo onde e o que iríamos visitar.

Van Gogh: este não podemos deixar de ver.

Muitas pessoas se aglomeravam para ver o quadro “Noite Estrelada”. Uma das muitas obras de Van Gogh.

Percebemos que as pessoas olhavam, mas não se aproximavam do quadro.

Curiosos, chegamos mais perto e nos deparamos com uma cena especial.

Um casal de mais de setenta anos estava sentado em frente ao quadro. Sentados naquelas cadeirinhas de montar como se estivessem em confortáveis poltronas.

De mãos dadas eles apreciavam a obra de Van Gogh como se estivessem reverenciando algo. Lágrimas escorriam pelo rosto do senhor que segurava sua bengala entre as pernas. A senhora estava segurando a mão dele e os dois olhavam fixamente para o quadro, emocionados.

Memórias de NY (março, 2011).
São Paulo, manhã de segunda-feira, 31/10/11. Chove e faz frio. É outono.
J.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sobre a estranha loja de roupas proibidas...

Sexta-feira de sol na cidade de São Paulo e duas amigas resolvem sair para passear.

Fazia muito tempo que elas não se encontravam e como estavam tranquilas naquela tarde... por que não?

Saíram muito bem arrumadas e foram passear numa das regiões mais bonitas da cidade. Conversaram, almoçaram, tomaram café e decidiram dar uma volta para ver vitrines.

De repende, uma delas diz:

- “Nossa! Vamos entrar nesta loja. É uma loja americana, mas parece bem interessante. Sempre vejo o site.”

Entramos.
Entramos no túnel do tempo. Isso sim!

Não estávamos acreditando no que estávamos vendo.
Roupas novas com modelos da década de oitenta.
Isso mesmo! Não era um brechó. Era uma loja de roupas novas e CARAS!!!!

Não felizes com as primeiras araras de roupas seguimos para o fundo da loja.
Bizarro! Encontramos tudo para uma festa a fantasia no melhor estilo Footloose, Physical, Xanadu, Flashdance e sei lá eu mais o que....

Colant dourado e asa delta, saia de prega xadrez, aqueles frufrus de colocar no cabelo no melhor estilo Viúva Porcina, fivelas de laço em couro dourado, moletons gigantes e, o pior de tudo na minha opinião, o short de nylon... lembra dele?

Bom, saímos de lá boquiabertas. Parecia que tínhamos entrado no túnel do tempo.

Não conseguíamos parar de pensar naquela loucura que tinha acontecido.

- “Como assim uma loja que SÓ vende roupas dos anos oitenta e novas?”
- “Quem compra nessa loja?”
- “Por que uma loja dessas está localizada na Oscar Freire?”

- "Essas roupas não estão proíbidas?"

- "Cadê o Esquadrão da Moda?"

Concluímos que se estivéssemos procurando roupas dos anos oitenta para uma festa à fantasia, claro que teríamos dificuldade de encontrar.

Não descobrimos quem compra numa loja dessas... mas demos boas risadas de imaginar.

São Paulo, noite de quinta, 22/09/2011.
J.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Sobre meu pai...





Quanto penso na figura de um pai a imagem que tenho é a um barco ancorado em um porto ou em algum lugar.

Essa imagem aparece para mim desde sempre...



Interessante analogia pode ser feita se pensar que o pai é o porto seguro... talvez nem todos...Ah, sei lá... não me cabe julgar...

O meu pai sempre foi o meu porto seguro.

Quando penso no meu pai, sinto um amor imenso, juntamente com muita admiração e respeito...

Meu pai me ensinou a segurar a caneta de forma firme, assegurou que ter uma profissão e uma carreira fariam a diferença, incentivou a viajar e a conhecer outras culturas, disse muitos nãos, apoiou decisões importantes, esteve presente quando ele achou que era necessário, não se apegou a pequenos detalhes, foi duro por muitos anos, mas amoleceu quando a maturidade chegou em minha vida...

Ah, ele me ensinou a celebrar as conquistas, a preservar os amigos verdadeiros, a acreditar em “previsões”. Tornou-se amigo dos meus amigos.



Ele nos ensinou a pescar...

Parece (mas só parece) que ele dividiu seus filhos em dois grupos... Mas isso é conversa de bastidores... Nós sabemos a que grupo pertencemos e isso já rendeu longos cafés com o pessoal do grupo de cá...rsrsrsrs

Ele escolheu viver a vida do jeito dele, o que lhe dá o direito de não vir para São Paulo ou de não ir a qualquer lugar que ele não queira. Ele é muito honesto em relação as suas escolhas... não faz para agradar ninguém...

Quando o celular toca e é ele... é para dar boa notícia... e se for para dar uma notícia ruim, quando é dada por ele vem de forma calma. Engraçado pensar sobre isso...

Meu tem uma qualidade muito marcante: a bondade! Ele é uma pessoa genuinamente boa.

Hoje consigo enxergar meu pai por trás da “fantasia de pai” – aquele super herói que a gente cria quando é criança, sabe?
Hoje, ele tem a palavra certa na hora certa.
Hoje, ele se comove com os netos...
E continua celebrando as nossas conquistas...

Para o meu Pai... por tudo...
Com muito amor
J.
(SP, 14/08,2011: domingo dia dos pais... e pela segunda vez em 38 anos não estamos passando juntos...)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O tempo passou e boas caminhadas foram feitas: os 13 passos para manter a amizade





Para seguir ou pelo menos ler os 13 passos, você deve responder ao questionário:

Lista de amigos ou amigas e responda às perguntas abaixo ( A resposta deve ser em dias, meses ou anos).



Vamos lá:



  • Qual foi a última vez que você escreveu para este amigo(a)?

  • Qual foi a última vez que você falou (por telefone ou skype) este amigo (a)?

  • Qual foi a última vez que você encontrou com este amigo(a)?

  • Usualmente quem faz o contato: você ou seu amigo(a)?


Você tinha se dado conta do resultado? Bacana, né? Valeu a reflexão?

Ah, lembramos que os 13 foram criados por nós e 13 é um número que escolhemos porque é um número cheio de surpresas...

Agora sim, você está pronto para os 13 passos:

1)Ame seu amigo pelo ele é e não pelo que você espera que ele seja;
2)Respeite seu amigo pelo que ele é;
3)Admire seu amigo;
4)Confie e acredite em seu amigo;
5)Divirta-se com seu amigo;
6)Compartilhe coisas, situações com seu amigo;
7)Sorria pra seu amigo: faz bem, é bonito, ilumina o rosto e aquece a alma;
8)Pense nele, de bobeira, e ria com o que imagina que ele esteja fazendo;
9)Tenha certeza que mesmo os melhores amigos querem ficar sozinhos de vez em quando;
10)Não acredite quando disserem que seu amigo fez uma coisa que você tem certeza que ele jamais faria;
11)Amigos choram e de vez em quando só precisam de lenço e ombro;
12)Faça preces pelos seus amigos;
13)Sempre que puder, esteja disponível. Ele não é ‘só’ seu amigo; é um irmão, e seus corações sabem disso.



Boa caminhada...

Texto escrito a 4 mãos...

J e CG (São Paulo, agosto de 2011)

domingo, 24 de julho de 2011

Sobre vida e morte...



As notícias desse sábado, 23 de julho de 2011, foram de tristeza.



A banalização da vida por motivos políticos, raciais e pelo uso abusivo de drogas, nos assusta.



A Noruega citada sempre como um pais dos sonhos, onde tudo funciona, surge como um polo de radicais que não aceitam a chegada de imigrantes que vão em busca de um mundo melhor, e aí como que ensandecidos os radicais saem matando pessoas inocentes .



E a droga fazendo mais uma vítima, uma não muitas que não aparecem nos noticiários, porque não interessam.



A morte de Amy era uma morte anunciada, todo o seu talento ajudou-a a auto destruir-se e pior com a ajuda confessa de seu companheiro.



E quantas Amys temos pelo Brasil e pelo mundo afora, pessoas frágeis, faceis de serem manipuladas , outras em busca de um sonho longe de ser alcançado, que buscam na droga uma saída para suas frustrações.



Vivemos num mundo onde as relações sociais , pessoais estão se esgarçando, onde a competitividade e o individualismo andam a solta, onde as redes sociais virtuais são mais importantes e avançam de forma avassaladora sobre as relações pessoa / pessoa.



E ai, onde fica a vida ? Que vida , a vida de quem?



A minha vida, a sua vida , a vida das pessoas que amamos, a vida das pessoas que não conhecemos mas que fazem parte dessa humanidade.



Como cuidar disso tudo? Não tenho resposta , nem receita...Ficaria rica se pudesse patentear uma receita para a paz...Então procuro avaliar a minha vida, o quanto dou e recebo, o quanto amo e sou amada, o quanto é a minha capacidade de absorver o que me chega e deixar de lado o que me perturba, ou ainda intervir , através do pouco que posso, na realidade onde vivo. Crendo que acima de tudo existe um Deus que está presente em nossa vida. Que se ficarmos atentos nos dá sinais de onde e como devemos caminhar, mas para isso temos que nos abrir e escutar , pois a música divina está no ar.



Bom final de semana, paz e bem






MT

sábado, 23 de julho de 2011

Sobre os que decidem ir-se…


Hoje tivemos a triste mas previsível noticia da morte da Amy e de repente fui invadida por um sentimento estranho que é uma mistura de indignação, tristeza e duvida.

Como pode ser que ninguém a ajudou a sair dessa e como pode ser que ela tenha escolhido ir-se daqui...e nos deixar sem sua voz, sem seus penteados, sem a sua presença.

Ela escolheu ir, assim como muitos outros de outras formas e eu tento entender o porquê...o que a fez tomar essa decisão?? Porque sabemos que foi uma escolha, que há sim um caminho de volta e que por mais difícil que seja é possível voltar.

Que tristeza, que angustia, que tipo de pensamentos os faz seguir esse caminho tão difícil para os que ficam??

Será que para alguns espíritos é tão difícil conviver consigo mesmo? Será que se torna insustentável viver dentro de corpos tão pequenos?

Será que são tomados por uma necessidade de liberdade tão grande que se esquecem dos que os necessitam?

Que mentes são essas ainda tão incompreensíveis e indomáveis?

A dor sempre esta em quem fica e o espírito, de acordo com espiritismo, carregara esse karma para sua próxima vida, esse peso de ter interrompido sua passagem na terra neste corpo.

Será que nos, seres que se questionam dentro do normal, não seremos nunca capazes de entender e de poder ajudar a expulsar essa angustia que existe nessas pessoas?

Não tenho tantos anos de vida musical, mas já perdi mulheres fantásticas, mulheres que mudavam meu humor com as letras que escolhiam e com sua voz... Cassia, Amy...e sem contar os que se foram sem tantos holofotes, mas que causaram tamanha dor e criaram um sentimento de ausência, de falta de sentido que não podem ser colocados em palavras.

Viver ser ter que encarar quem realmente são, serem livres de algo que muitos ao redor admiram...é muito louco isso tudo!!!

Não sei, penso que gostaria estar perto e poder ajudar, mesmo sabendo que possivelmente não conseguiria fazer nada.

Hoje, em tributo decido ser eu 100%, porque no fundo acho que é um não se encontrar, um não se amar muito profundo que faz alguém querer ir embora.

E peço a todos, em especial meus amados e queridos, família e amigos que sejam vocês, que se amem como são, que busquem ajuda quando não se sintam bem, que não fiquem sofrendo sozinho, que não deixem a amargura chegar a um nível tão baixo.

Tratem-se, seja com amigos, com irmãos, com pais, com terapeuta, com cartomante, com maridos, mas dividam o que sentem, o bom e o ruim e se deixem ser ajudados e acariciados.

Vamos fazer um tributo a essas pessoas que quiseram ir agindo da forma contraria, gritando com todo pulmão, “nos decidimos ficar em homenagem a vocês e em especial em homenagem a nos mesmo”.

Pode até ser mais fácil fugir mas fugindo nunca se colhera os frutos do que foi plantado, pois as sementes não te acompanharão.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sobre as escolhas...


Estou numa fase que já perdura por um tempo, a fase de mudanças!!!!

Coisa que meu mapa astral não explica é essa minha necessidade de mudança!! Muitos que me conhecem também diriam o mesmo, que não tenho essa necessidade e pensando assim chego a conclusão que foi uma necessidade criada, coisa que Marketing explica ou que estou em constante busca de algo e que essa busca me leve as constantes mudanças!!

Talvez nunca encontre o que busco ou me de conta de que o que busco não existe!

A probabilidade de que se confirme a segunda hipótese me parece muito maior em relação com a primeira e digo isso com propriedade de quem já fez terapia, de quem já dedicou horas e horas falando sobre tudo com os melhores amigos, de quem já estudou um pouco de astrologia....

Isso significa que fazemos das nossas vidas uma expedição ao cume do Everest enquanto bem sabemos que o que desejamos mesmo é ver o por do sol sentadinha nas pequenas pedras do arpoador! Ou seja muito mais fácil, mais barato e mais prazeroso dado que os poucos que chegam ao cume do Everest não podem se dar o luxo, dado o perigo e mesmo porque nem é agradável, de permanecer por muito mais de 5min. Alguns até se esquecem de tirar uma foto, dado o esforço para chegar e o longo caminho de volta...

Já no Arpoador, podemos nos sentar com nossos amigos por horas e tirar pelo menos umas 30 fotos com apenas duas preocupações: onde é que tem cerveja pra vender que já cansamos de tomar mate gelado e comer bissscoito globo e será que vão nos roubar a câmera, coisa de paulista na terra dos cariocas!!!

Mas ainda assim, provavelmente neste lindo momento no Arpoador pensamos como seria o Maximo escalar o Everest!!! Esse tipo de coisa é que parece inexplicável e é o que representa essa busca ao nada de que estava explicando no inicio desse texto.

Às vezes demoramos muito para nos dar conta disso, do que é que realmente nos satisfaz e as vezes estamos com a cabeça explodindo e com muita náusea na base Do Everest.

Uma vez já no acampamento base não decidimos por voltar no primeiro avião, escutando samba e com biquíni por baixo. Decidimos que o caminho já foi muito áspero para voltar e que talvez seja melhor esperar a aclimatação! Quem sabe o corpo se acostuma e nos arriscamos até o acampamento 1?!

Estou exatamente ai, nesse lugar, acampamento base, esperando aclimatação e pensando que talvez eu consiga chegar ao acampamento 1...fases da vida, descobertas tardias mas que nos levam a escolhas de caminhos.

O bom é que não penso o que seria de mim se tivesse escolhido outro caminho, porque eu precisava chegar aqui pra me dar conta de que tudo poderia ter sido mais simples... Mas como boa capricorniana, só se aprende vivenciando!

E se não me aclimatar?? O caminho de volta pode até mais curto, pelo menos não arriscarei subir mais. E quanto ao biquíni? Eu o carrego sempre na mala, bem amarrado às havaianas com uma fitinha do Bonfim!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Sobre afinidade, tempo e Ricky Martin





Algumas amizades começam na infância, na adolescência, na juventude, na vida adulta ou na terceira idade.

Amigos de colégio, amigos de bairro, amigos de faculdade, amigos de trabalho, amigos do mestrado, doutorado, amigos dos amigos que se tornam nossos amigos, amigos dos irmãos, amigos dos pais, aí vem os amigos dos filhos, dos sobrinhos

Algumas amizades se consolidam. Outras não. Umas se distanciam. Outras deixam de ser amizade. Outras continuam apesar da distância e facilitadas pelo celular e pela internet. Outras tornam-se amizades “de vez em quando”.

Algumas amizades seguem com a gente pelas diversas fases da vida. Essas são as amizades eternas (na minha opinião). Esse é um resumo bem resumido da nossa história...

Em 1988 mudamos de colégio. Afinal, estávamos no colegial. Naquela época em Rio Claro/SP poucas eram as escolas que tinham da primeira série ao colegial. Lá fomos nós. Colégio novo, amigos novos, uniforme novo...

As turmas começaram a se formar... e lá estávamos nós, na mesma turma. Vindas de colégios diferentes, bairros diferentes e prontas para encarar aquela fase da vida de maneira bem típica (para aquela época, ok?).

Casa de uma, casa da outra para fazer trabalho, jogar conversa fora. Estávamos juntas sempre antes das festas, claro, as roupas tinham que ser aprovadas... Clube, churrascos, academia, bicicleta, festas, bailes de carnaval, do Havaí... não perdíamos um. Ficamos amigas das famílias...

Muitas histórias compartilhadas. Noites em claro conversando. Horas de conversas ao telefone. O tempo foi passando... faculdade, casamentos, descasamentos, filhos, cidades diferentes, perdas, conquistas, viagens e nós continuamos nos encontrando. A cada encontro aquela conversa boa, daquelas continuações de assunto, sabe?

O assunto foi mudando, mas a afinidade não.

Gostamos de viajar, de cozinhar, de receber em casa, de falar da vida, de trabalhar, de ir a restaurantes, de dançar, de comemorar as datas importantes...mas...

Foi na semana passada que descobrimos mais uma coisa em comum: somos fãs do Ricky Martin!!!!


Un, dos tres, Maria

“Maria
Un, dos, tres
Un pasito pa'delante, Maria
Un, dos, tres
Un pasito pa' atras
Un, dos, tres
Un, dos, tres
…”

Livin' la Vida Loca


“Upside inside outShe's living la Vida Loca

She'll push and pull you downLivin' la Vida LocaHer lips are devil red

And her skins the color moca

She will wear you outLivin la Vida Loca

Livin la Vida Loca

She's livin la Vida Loca”


(Vc está ouvindo ele cantar?)

A descoberta deste ídolo em comum foi tão divertida e espetacular que eu não conseguirei colocar em palavras.

Espetacular sim!

A partir do Ricky Martin resgatamos a nossa empolgação!

Em meia hora estávamos com os ingressos comprados, maridos morrendo de rir da nossa alegria e nós super animadas porque vamos juntas ao show do RICKY!!!!!

Depois de anos tendo que combinar os encontros com antecedência para encaixar na agenda de uma, da outra ou da outra, descobrimos que basta um telefonema e pronto: DISPONIBILIDADE.

Jantar na casa da Lu e almoço na casa da Rê. Simples assim. Horas de papo leve. Amigas de colégio. Nós somos.

A preciosidade de ter amigas de vida inteira... amigas pra dizer: “eu a conheço muito bem” ou “lembra quando...”

Somos diferentes, mas temos uma amizade do tipo “que se pode pensar em voz alta” e somos fã de Ricky Martin!!!!

Amigas, o tempo passou para nós (e isso a gente consegue perceber pelas suas crianças), mas não passou para nossa amizade.


UEPA!!!!!!


Pra nós: muitos encontros, viagens e shows do Ricky Martin!


Rumo aos 40! Always fun and fabulous!

J.

(São Paulo, dia do amigo - 19/07/2011 - faz sol)

terça-feira, 12 de julho de 2011

Sobre como escolher um livro...

Você já parou para pensar sobre como você escolhe um livro?

Por indicação de alguém? Conversa com as pessoas da livraria e escolhe? Por que é um best seller? Por autor? Por tema? Pela capa? Pra ficar antenada com seus amigos? Por que precisa ler aquele livro?

Creio que existam várias formas de se escolher um livro e não necessariamente escolhemos sempre do mesmo jeito.

Dentre as diversas formas de escolha eu particularmente gosto muito de quatro: a indicação da atendente da livraria, o autor, a capa ou ser escolhida pelo livro.

Quando um livro é indicado fica aquela expectativa de será que eu vou achar tão bom quanto a pessoa que indicou. Às vezes sim, mas confesso que para mim a chance é de 50% de eu não achar aquele livro tão bom.

Por autor. Ah, que beleza. A gente conhece o estilo e começa a leitura esperando a delícia do livro anterior... A grande aventura é que o autor pode mudar seu estilo e aí somos pegos de surpresa com alo novo!

Por capa. Lindas capas. Eu tenho um amigo que diz escolher o livro pela capa. Escolhe pela beleza da capa. Esse meu amigo é um moço que admira as coisas belas e nunca escondeu isso. Escolher pela capa? Mas vale dar aquela lidinha no verso ou na orelha do livro para saber do que se trata, né? Vai de sorte: beleza x conteúdo.

Mas a forma que mais gosto mesmo é quando sou escolhida pelo livro.

O que? Você nunca foi escolhida(o) por um livro?

A Nara, amiga da minha mãe, uma vez me contou que sempre que ela estava precisando de ajuda para ler ou escrever algo, ia até a biblioteca de seu trabalho e ficava olhando para as prateleiras. Passado um tempinho, um livro chamava sua atenção. Como se começasse a brilhar para ela. Pronto! Pegava o livro e tudo se resolvia.

Não sei se fiquei com isso na cabeça e fui induzida pela Nara, mas comigo (algumas vezes) acontece isso: sou escolhida pelo livro.

Há duas semanas fui com minha irmã conhecer uma livraria e aproveitei para procurar um livro novo. Queria um livro que fizesse a diferença, pois o último que li não foi lá grande coisa (indicado).

Andando pela livraria vi uma mesa cheia de caderninhos. Nossa! Caderninhos vou até lá.
No caminho, olho para o lado e vejo o livro “A arte de ser leve”, de Leila Ferreira.

Pensei, mais um livro que ensina a perder peso. Mas, pessoa curiosa não contenta com a capa. Abri o livro e comecei a folhear. Na capa de trás estava a opinião da atriz Denise Fraga sobre o livro (... lendo o livro ri, me emocionei e fiquei com a esperança danada de dias melhores). Comprei. Li. Adorei.

Fui escolhida pelo livro.


E você, como escolhe seus livros?

J.
Rio Claro, 12/07/2011 (dia de sol e produtividade)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sobre a difícil arte de acostumar-se com o vazio...



- “Ah, a gente se acostuma, né?” – frase comum de ser dita e ouvida.

Será que a gente se acostuma ou será que a o vazio diminui com o passar do tempo?

Ainda não tenho resposta para essa pergunta, mas de vez em quando ela passa pela minha cabeça.

O sentimento de vazio está relacionado ao ser, ao estar com ou ao ter?

Se estiver relacionado ao ter a situação pode ser facilmente resolvida. Vai lá e compra.

Se estiver relacionado ao ser a situação também pode ser resolvida de várias formas (na minha modesta opinião): autoconhecimento.

Se estiver relacionado ao estar com... aí acho que fica fácil e difícil... e é sobre isso que vou escrever hoje.

Estar com fica fácil quando a pessoa está perto, está disponível e está com vontade de estar com a gente.

Estar com pode ser facilitado por um telefonema, um jantar, um café, uma visita... enfim, um encontro.

Quando existe a disponibilidade para ‘estar com’ a coisa fica simples e aquele vazio se enche da companhia do outro.

Estar com fica difícil em duas situações: quando a pessoa está longe ou quando ela não está disponível.

Quando a pessoa não está disponível:

Estar disponível significa querer estar com alguém. Arrumar tempo para estar com um amigo, irmão, primo, filho, marido, afilhado, pai, mãe, tio, tia, avó, avô sobrinhos, cunhados (as), enfim... estar com alguém que estimamos.

Nesse mundo agitado das grandes cidades percebo que as pessoas não estão disponíveis para estar com... As pessoas estão muito ocupadas ocupando seu tempo que não tem tempo para estar umas com as outras... os dias passam, os meses passam e a vida vai passando...

-“Desculpa estou numa correria por isso não te liguei de volta ou não respondi seu email.”

Frase familiar?
Quando a pessoa está longe:

Ah, quando pessoa está longe podemos usar as ferramentas tecnológicas a nosso favor: skype, email, facebook, celular, telefone.

Com tantas formas de contato, tenho a impressão que estamos perto...

Mas quando aquela pessoa que está longe chega...

O coração bate mais forte. A gente sente a pessoa perto e pode abraçar. Senta para tomar café e jogar conversa fora.

Ai sim a gente percebe que não se acostuma com a distância daquela pessoa querida...

Mas e o vazio? Diminui com passar do tempo?

O vazio? Acho que diminui quando a gente aceita que não se acostumou com a distância, mas que existe a possibilidade do encontro, do reencontro.



Até o próximo encontro aqui ou aí.

J.
Rio Claro, 11/07/2011 (noite estrelada)