Numa cidade como São Paulo existem alguns programas que são tão bons de serem feitos e que a gente pode fazer só ou acompanhada...
Tomar um café é um deles.
- “Café?”
- “Sim.”
Tomar cerveja é outro.
-“Cerveja sábado?”
-“Sim. Onde?”
E pronto. Lá estão os amigos sentados no seu café ou bar preferidos conversando falando sobre nada e tudo. Depende do sai, claro!
Mas esse convite se deu de forma um tanto quanto inusitada...
Rita tinha visto numa revista a propaganda de porta saquinhos de chá. Isso mesmo. Uma peça de design. Uma novidade.
Comentou com Daniela e Paula sobre sua vontade de adquirir esses objetos de desejo que estavam à venda no bairro do Bom Retiro.
Elas nunca tinham ido ao Bom Retiro e como boas forasteiras aproveitaram a oportunidade para conhecer um lugar novo.
Lá foram elas. Metro, linha amarela, até a Estação da Luz. Ah, que linda a Estação da Luz!!!! A Pinacoteca. O Museu da Língua Portuguesa. Quantos pontos turísticos.
Olha o mapa, olha o mapa e foram caminhando, olhando, passeando e conversando muito.
Andaram, andaram, andaram e chegaram ao endereço da suposta loja que vendia porta saquinhos de chá.
Numa rua pouco movimentada, uma casa velha pintada de verde escuro com dois mendigos deitados na frente.
-“Será que é aqui?”
-“ É aqui?”
-“Ixê... desculpa, gente, que horror.”
O endereço era esse mesmo. Elas estavam certas.
Daniela decidiu apertar a campainha. A enorme porta verde de ferro se abriu e dela saiu um rapaz que não entendeu bem o que nós queríamos.
Bom, a porta se fechou e se abriu mais umas duas vezes até que foram informadas que o show room era em outra rua.
Lá foram elas. Decididas a comprar o tal do porta saquinho de chá.
Chegaram ao outro endereço e novamente uma enorme porta de ferro.
-“Pois não?”, perguntou uma moça pela porta entreaberta.
-“Nós viemos comprar este porta saquinhos de chá que vimos nesta revista.”
E mostraram a página da revista.
-“Ah, sou nova aqui. Já volto.”
E uns 5 minutos depois um moço nos convida para entrar...
Entraram e ele gentilmente explicou que eles não vendiam nada. Eram apenas os importadores.
Agradeceram e saíram de lá rindo muito.
-“E agora? Onde estamos? Como vamos embora?”
-“Ah, vamos tomar um taxi?”
Taxi? Quem disse que tinha ponto de taxi?
De repente elas olham para o ônibus que piscava “VILA MADALENA”.
Abanaram a mão e mesmo fora do ponto o motorista permitiu que elas subissem.
Claro, percebeu que elas estavam perdidas.
Entraram no ônibus e aí veio a pergunta:
-“Cerveja?”
-“Já que não vamos tomar chá. Vamos tomar cerveja.”
Chegaram à Vila Madalena. Sentaram no Bar Mercearia São Pedro e pediram:
-“França, uma cerveja.”
Brindaram e concluíram:
-“Não importa o motivo, o importante é estar com os amigos e “bebemorar”, seja com chá, café ou cerveja.”
J.
18/11/11
Noite estrelada e fria em São Paulo.
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