Ah, a esperança de que os bons ventos soprem boas coisas está no ar...
Este cenário de vento fresco soprando, folhas caindo, as pessoas usando
xales e casacos traz alegria para meu coração, especialmente este ano.
Em breve completarei 39 anos (ou 39 outonos já que nasci no Hemisfério
Sul).
E todos os aniversários são para mim momentos de reflexão. Verdadeiros
rituais de passagem.
Como se fosse a passagem de um ano para o outro. O que de fato é.
Adoro a ideia de que o seu ano novo começa no dia do aniversário. E
você?
Passagem de uma fase da vida para outra, ainda mais agora que estou
chegando aos 40!!!
Crise, eu? Não, reflexão .
A reflexão de aniversário deste ano é muito interessante e veio de uma
pergunta simples feita por Maricota:
-“E aí? O que mudou agora que você é doutora?”
-“???? Alívio?!”
Ontem eu senti a verdadeira resposta para a pergunta de Maricota:
- “Aos quase 39 anos conquistei tudo o que me propus a conquistar até
aqui.
Tenho marido, casa, trabalho, reconhecimento, o título de doutora,
resolvi a questão de ter ou não filhos, conheci vários dos lugares da minha ‘must
go places list’, assisti aos filmes que queria, comprei dois novos CDs (Adele e
Marron 5).
Uns quilos a mais, é verdade! Algumas noites de sono a menos. Algumas
horas de academia. Muitos cafés (vinhos, caipirinhas e espumantes) com amigos.
Vários almoços em família. Vários sobrinhos (e alguns afilhados).
Uma coleção de rolhas de todos os brindes feitos nos últimos anos...
Respiração controlada. Olhos brilhantes. Passos firmes. Cabeça erguida.”
-“E aí? O que mudou agora que eu sou doutora?”, pergunto novamente.
Percebi que chego onde quero, pois tenho perseverança... Ainda que, às
vezes, a passos de tartaruga...
Ah, espera aí, mas a tartaruga não venceu a lebre naquela fábula?
20.03.2012 (um dia antes do outono começar no Hemisfério Sul).
A lebre e
a tartaruga
A lebre
vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais. Até o dia em que
encontrou a tartaruga.
– Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora – desafiou a tartaruga.
– Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora – desafiou a tartaruga.
A lebre
caiu na gargalhada.
– Uma corrida? Eu e você? Essa é boa!
– Uma corrida? Eu e você? Essa é boa!
– Por
acaso você está com medo de perder? – perguntou a tartaruga.
– É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você – respondeu a lebre.
– É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você – respondeu a lebre.
No dia
seguinte a raposa foi escolhida para ser a juíza da prova. Bastou dar o sinal
da largada para a lebre disparar na frente a toda velocidade. A tartaruga não
se abalou e continuou na disputa. A lebre estava tão certa da vitória que
resolveu tirar uma soneca.
"Se
aquela molenga passar na minha frente, é só correr um pouco que eu a
ultrapasso" – pensou.
A lebre
dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e
constante, passou. Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora.
Mas, para sua surpresa, a tartaruga, que não descansara um só minuto, cruzou a
linha de chegada em primeiro lugar.
Desse dia
em diante, a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta.
Quando dizia que era o animal mais veloz, todos lembravam-na de uma certa tartaruga...
Quando dizia que era o animal mais veloz, todos lembravam-na de uma certa tartaruga...
Moral: Quem segue devagar e com constância sempre
chega na frente.
Do livro: Fábulas de Esopo -
Editora Scipione
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