sexta-feira, 30 de março de 2012

Sobre o besouro preto


Neste momento de tablets, MP3, IPod, IPad, musica sendo baixada pela internet, tudo o que eu queria era um tocador de CD.
Isso mesmo!
Um tocador de CD daqueles que você aperta a tampinha, ela abre, você coloca o CD e aperta o play.
Lembra dele?
Já colocou pilha e levou no carro porque seu carro não tinha toca fita?
Ah, lembrou, né?
Estava cansada de ouvir música no DVD ou no computador.
Coisa mais chata!
Bom mesmo é poder levar a música para o quarto, a cozinha, o banheiro, a sala...
E qual não foi minha surpresa quando ao chegar do trabalho na terça-feira recebi uma caixa.
-“Não pode ser? Será que é o que estou pensando que é?”
Abri a caixa com a rapidez de uma criança e quando vi... me emocionei.
Era!
Ele, o besouro preto!
Uma amiga, que muito cuidadosamente guardou meu comentário, me mandou de presente de aniversário: o besouro preto!
Abri a caixa, olhei a voltagem e liguei na tomada.
Escolhi uma pilha de CDs e lá fui eu experimentar meu brinquedo novo.

terça-feira, 20 de março de 2012

Sobre mais um outono...


O outono começa amanhã.
Ah, a esperança de que os bons ventos soprem boas coisas está no ar...
Este cenário de vento fresco soprando, folhas caindo, as pessoas usando xales e casacos traz alegria para meu coração, especialmente este ano.

Em breve completarei 39 anos (ou 39 outonos já que nasci no Hemisfério Sul).
E todos os aniversários são para mim momentos de reflexão. Verdadeiros rituais de passagem.
Como se fosse a passagem de um ano para o outro. O que de fato é.
Adoro a ideia de que o seu ano novo começa no dia do aniversário. E você?
Passagem de uma fase da vida para outra, ainda mais agora que estou chegando aos 40!!!
Crise, eu? Não, reflexão .
A reflexão de aniversário deste ano é muito interessante e veio de uma pergunta simples feita por Maricota:
-“E aí? O que mudou agora que você é doutora?”
-“???? Alívio?!”
Ontem eu senti a verdadeira resposta para a pergunta de Maricota:
- “Aos quase 39 anos conquistei tudo o que me propus a conquistar até aqui.
Tenho marido, casa, trabalho, reconhecimento, o título de doutora, resolvi a questão de ter ou não filhos, conheci vários dos lugares da minha ‘must go places list’, assisti aos filmes que queria, comprei dois novos CDs (Adele e Marron 5).
Uns quilos a mais, é verdade! Algumas noites de sono a menos. Algumas horas de academia. Muitos cafés (vinhos, caipirinhas e espumantes) com amigos. Vários almoços em família. Vários sobrinhos (e alguns afilhados).
Uma coleção de rolhas de todos os brindes feitos nos últimos anos...
Respiração controlada. Olhos brilhantes. Passos firmes. Cabeça erguida.”
-“E aí? O que mudou agora que eu sou doutora?”, pergunto novamente.
Percebi que chego onde quero, pois tenho perseverança... Ainda que, às vezes, a passos de tartaruga...
Ah, espera aí, mas a tartaruga não venceu a lebre naquela fábula?
J.
20.03.2012 (um dia antes do outono começar no Hemisfério Sul).

A lebre e a tartaruga
A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais. Até o dia em que encontrou a tartaruga.
– Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora – desafiou a tartaruga.
A lebre caiu na gargalhada.
– Uma corrida? Eu e você? Essa é boa!
– Por acaso você está com medo de perder? – perguntou a tartaruga.
– É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você – respondeu a lebre.
No dia seguinte a raposa foi escolhida para ser a juíza da prova. Bastou dar o sinal da largada para a lebre disparar na frente a toda velocidade. A tartaruga não se abalou e continuou na disputa. A lebre estava tão certa da vitória que resolveu tirar uma soneca.
"Se aquela molenga passar na minha frente, é só correr um pouco que eu a ultrapasso" – pensou.
A lebre dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e constante, passou. Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora. Mas, para sua surpresa, a tartaruga, que não descansara um só minuto, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar.
Desse dia em diante, a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta.
Quando dizia que era o animal mais veloz, todos lembravam-na de uma certa tartaruga...
Moral: Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente.
Do livro: Fábulas de Esopo - Editora Scipione

Sobre a Bela e a Fera


Algumas pessoas são absolutamente verdadeiras.
Elas são o que elas são. Em qualquer situação. Transparentes.
Outras são o que parecem ser. Aparentam ser. Mas quando estão em situação de estresse, estouram. E então, se desarmam e se deixam transparecer.
Foi isso que aconteceu um tempo atrás.
Fui surpreendida pela ‘anaconda’ que morava dentro de uma das pessoas que eu mais admirava e considerava.
Feição de incômodo e de raiva. O tom agressivo. O olhar de ‘fera’ (mas não da Bela e a Fera, de fera mesmo...sabe qual?).
Lá foi... colocou tudo para fora...
Ouvi tudo.
- “UAU!”, pensei
Senti um nó na garganta e quase perdi o ar.
Mas como meus anjos da guarda estavam bem acordadinhos naquele dia, respirei fundo e elegantemente respondi ao ataque.
De cima do salto, olhei para aquela pessoa (que até algumas horas antes eu considerava longe do meu alcance, muito acima de mim) de igual para igual.
Olho no olho. Segurança, apesar da surpresa...
Enfrentei a ‘Fera’ com classe e elegância.
Nos desenhos animados o bem sempre vence o mal.
Talvez na vida real nem sempre seja assim, mas naquele dia a ‘Bela’ venceu a ‘Fera’ com muita elegância.
E a’ Fera’ passou de um ser encantado para uma pessoa 'bem real'.
Acabou o encanto... e viveram felizes para sempre, mas desta vez cada um em seu castelo...
..................
Ah, curiosamente, ontem, estava ouvindo a palestra do professor João Braga (incrível, aliás!!!) e descobri o significado das palavras ‘beleza’ e ‘elegância’.
Quer saber?
BeELeza = aquele que habita a casa de Deus
ELegância = aquele que caminha com a veste de Deus.
EL = DEUS.
É por isso que eu sempre repito: ‘andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá’
(Gilberto Gil)
J.
20.03.2012 (tempo fresco e sol em São Paulo)

domingo, 18 de março de 2012

Sobre as ideias e o tempo…


Tenho tempo e me faltam idéias, tenho idéias e me falta tempo…

Em um dia como hoje sinto que poderia ter avançado muito no projeto escrever para o nosso blog, tenho tempo, mas me faltam idéias!

Sobre o que escrever, poderia ser sobre mudanças, sobre a boa sensaçao que nos tras a sexta-feira, sobre a diferença que os detalhes fazem…mas nao, nenhuma idéia além de títulos!

Mas hoje tenho tempo, nao é possivel que nada me venha a cabeça e continuo insitindo em pensar em temas…tudo isso com a esperança de que ese tempo, que me é tao precioso passe e que pelo menos seja um pouco bem aproveitado.

Contando os minutos, o trabalho está super tranquilo a ponto de que nao sei mais o que inventar para que passe o tempo e quanto mais vezes escrevo “que passe o tempo”me sinto uma criminosa contra mim.

O tempo é o que nao volta, nao se pode resgatar, é literalmente “pegar ou largar”….e ainda mais de uma sexta-feria de sol, com ventinho fresco típica de uma tarde de outuno que se aproxima.

Ai recebo um presente, de um companheiro de trabalho que também está com tempo e que há pouco estavamos aproveitando disso para uma conversa sobre libros e escritores e me apresentou bukowski, o qual já conhecia de nome, mas nao de conteúdo. E justo quando estou aquí lutando para escrever algo interessante, mandou-me sem saber o que eu estaba fazendo e isso sim, talvez valha a pena dividir:

“como ser un gran escritor

tienes que follarte a muchas mujeres
bellas mujeres
y escribir unos pocos poemas de amor decentes

y no te preocupes por la edad
y/o los nuevos talentos.

sólo toma más cerveza más y más cerveza.

Ve al hipódromo por lo menos una vez
a la semana

y gana
si es posible.

aprender a ganar es difícil,
cualquier idiota puede ser un buen perdedor.

y no olvides tu Brahms,
tu Bach y tu
cerveza.

no te exijas.
dormí hasta el mediodía.

evita las tarjetas de crédito
o pagar cualquier cosa en término.

acuérdate de que no hay un pedazo de culo
en este mundo que valga más de 50 dólares
(en 1977).

y si tienes capacidad de amar
ámate a ti mismo primero
pero siempre sé consciente de la posibilidad de
la total derrota
ya sea por buenas o malas razones.

un sabor temprano de la muerte no es necesariamente
una mala cosa.

quédate afuera de las iglesias y los bares y los museos
y como las araña sé
paciente,
el tiempo es la cruz de todos.
más
el exilio
la derrota
la traición

toda esa basura.

quédate con la cerveza

la cerveza es continua sangre.

una amante continua.
agarra una buena máquina de escribir
y mientras los pasos van y vienen
más allá de tu ventana

dale duro a esa cosa
dale duro.

haz de eso una pelea de peso pesado.

haz como el toro en la primer embestida.

y recuerda a los perros viejos,
que pelearon tan bien:
Hemingway, Celine, Dostoievsky, Hamsun.

si crees que no se volvieron locos en habitaciones minúsculas
como te está pasando a ti ahora,
sin mujeres
sin comida
sin esperanza...

entonces no estás listo

toma más cerveza.
hay tiempo.
y si no hay
está bien
igual.”

E assim me despido de mais um dia de trabalho e acho que vou para casa, tomar uma cervejinha porque tempo é uma coisa que tenho hoje!

Bom final de semana a todos.

T.

Buenos Aires, 16.032012


sexta-feira, 16 de março de 2012

Sobre quando somos um pouco Clarice...


Esse cara tinha razão, uma cerveja e as idéias ficam mais claras….
Uma noite só, uma sexta só, de uma vida só!
Coisas que nos acontecem e quem disse que ai remédio para isso? E quem disse que queremos remédio pra isso?!
Não há, esta em nos, faz parte de nos.
Um cigarro, uma cerveja e algumas palavras, uso tudo isso como bandaid!
Tapa mas não cura...mas serve por agora, talvez seja isso que eu precisava.
Inspirada em Hemingway, ma influencia??? Talvez sim, talvez não, talvez eu!
Hoje foi assim, dia de tocar o mais profundo do eu, de conectar-me com aquela parte que tento ocultar e que quando menos espero, brota....pelo menos ultimamente vem como uma linda orquídea, uma vez ao ano, pois já deixou de ser minha companheira!
Não me queixo, mergulho, nado e danço nessas profundas águas esperando por um resgate. E se esse não vier, dormirei e acordei outra amanha!
As vezes o amanha nos da esperança de leveza!
Hoje mencionei Clarice, e me sinto Clarice agora e escolho, fumar outro cigarro!
Parece triste? Não se assustem, simplesmente sou assim, dias Carmem Miranda, dias Clarice e salve a nossa bipolaridade controlada, porque na maioria dos dias simplesmente sou.
Isso não e ruim, isso e normal, isso e humano, isso sou eu.
Não dói mais ser Clarice, aproveito, uso como inspiração! Não me prejudico mais do que os outros, não me culpo mais, não sofro mais, uso e abuso desses dias.
Aproveito pra ficar comigo, pra beber comigo e pra fumar comigo, afinal quase nunca nos sobra tempo pra isso!
Repito, não se assustem, não e nada, isso passara, amanha promete ser outro dia, afinal e pra isso que servem os calendários, para nos dar o amanha!
O hoje se esta por terminar, a noite já chegou e trouxe a escuridão, mas trouxe também as estrelas e a lua!
A lua me emociona, me inspira, eu gosto das noites assim como gosto dos dias de primavera e outono, quando deixamos que o sol nos esquente.
Ahhhh quem e esse cara? Ele esta no outro texto...
E que mais, nada mais, boa noite embalada em Cazuza!
“Mais uma dose, e claro que eu to afim, a noite nunca tem fim, porque que a gente e assim”???
Homenagem a minha alma e a minha amiga ruiva.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Sobre as amigAs...


AMIGAS

(Nesta categoria não estão incluídas mãe, irmãs, cunhadas, sobrinhas, tias, primas, sogra e afilhadas.)

Amigas: 2 escorpianas, 1 ariana, 1 taurina, 1 sagitariana, 2 virginianas,1 pisciana,1 libriana e 1 geminiana. Não lembro os signos das amigas de infância, nem das outras queridas... também é querer demais, né?

Minhas primeiras amigas foram as filhas dos amigos dos meus pais.

Morávamos no mesmo bairro, freqüentávamos a mesma escola, o mesmo clube de campo, o mesmo clube de balada.Viajamos juntas algumas vezes, passamos parte da adolescência discutindo a vida e tivemos os primeiros namoradinhos da mesma turma. Claro, afinal não nos desgrudávamos.

Eu tive duas grandes amigas de infância. Uma eu ainda tenho notícias. A outra muito de vez em quando.

Depois vieram as amigas de colégio. Novas amigas com idades entre os 15 ou 16 anos. Tínhamos muitas atividades juntas além do colégio: academia, passeios de bicicleta, reunião de planejamento da festa do sábado ou do baile do Havaí, reunião pra trocar de roupa antes de ir para as baladas, tardes juntas sentadas no chão conversando e fazendo planos.

Dessa época, do grupinho de aproximadamente 10 meninas. Dessas, três continuam grandes amigas, se freqüentam, sabem o que está acontecendo na família da outra e compartilham a vida. O fato de termos compartilhado a adolescência, aquele momento da vida onde não há grandes amarradas, etiquetas, tabus, formalidades, fez nós amigas com ‘liberdade de expressão’, ‘liberdade de ir e vir’. Dá para entender?

Na faculdade não fiz amigAs. Não sei bem porque. Mantive as amigas de adolescência, as amigas de colégio. Afinal, aproveitamos bem a época de faculdade umas das outras. Esse trio de mulheres lindas é muito divertido! As duas com famílias lindas, autoestima lá em cima e prontas pra brindar qualquer ocasião. Será que gente se diverte?

Na vida adulta...

Alguns anos depois de ter chegado a São Paulo encontrei minha primeira amiga da vida adulta. Foi no trabalho, claro. No começo torcemos o nariz uma para a outra, mas hoje, passados uns anos, algumas DRs e muitos fatos alegres e tristes continuamos muito amigas. É uma pessoa bem animada e colorida! Alta executiva e hoje uma mulher casada!

A minha segunda grande amiga de São Paulo apareceu indicada pela namorada de um amigo do meu ex marido. Bota fé? Ficamos tão amigas, tão amigas, tão amigas que hoje somos praticamente irmãs. Olha, passamos por poucas e boas, viu?! ‘Mas nóis é fogo, né, nega?!’, como ela diz. Hoje ela tem um filhinho que é ‘uma coisa’, pra usar as palavras dela.

A terceira amiga da vida adulta. Nos conhecemos no trabalho. Caipira como eu foi fácil perceber a afinidade. Aliás, sotaque conhecido e o gosto por sentar, tomar cerveja e jogar conversa fora. Gente boa toda vida. Canta tão bem que até dói! Ela e a minha primeira amiga de São Paulo também são muito amigas. Ou seja, somos três amigas. Ah, juntas as três, de vez em quando, aos sábados, almoçamos no Genésio e saímos para bater perninha. Elas amam o Chico. E nós amamos o Ney.

Nesse meio tempo teve mais uma amiga. Ah, essa amiga! Ela me recebeu de braços abertos, mas não ficamos super amigas nos primeiros momentos. A amizade foi se consolidando com o passar do tempo. Ela é uma mulher INCRÍVEL, além de ser uma profissional brilhante e super reconhecida no mundo. Isso mesmo, no mundo. Ela trabalha para cuidar do planeta. Ela trabalha com biodiversidade. Sou super fã dela. É conhecida pelos amigos como a Rainha da Mata Atlântica. Ah, adora tomar uma cachacinha. E quando sentamos para conversar, as horas passam levemente e a gente nem percebe. É uma honra para mim ser sua amiga.

Depois disso vieram mais duas: as esposas dos amigos do meu marido. Afinidade. Só pode ter sido isto. Uma é bem diferente da outra e elas nem são amigas entre elas. Se encontram aqui em casa na festa de natal.

Uma é bem tímida e é uma artista. Gostamos muito de tomar café e ficar horas falando sobre a vida. A nossa própria vida por incrível que pareça. Ela gosta de jogar tênis e tem um filho bem fofo.

A outra é uma figura carimbada. Super descolada e divertida. Para ela tudo está bom. Uma figura mesmo. Ah, ela é motoqueira! Acredite se quiser.

O tempo fez com que a nossa amizade se consolidasse e hoje somos amigas apesar dos maridos.

Mais ou menos na mesma época ganhei duas novas amigas. Também nos conhecemos no trabalho e posso dizer que foi ‘amor a primeira vista’. Isso mesmo. A conversa começou e não parou mais. Acredita?

Um dia elas até se conheceram. E descobriram que além de minha amizade tem em comum dois filhos (meninos) lindos.

Uma delas é para mim como uma irmã mais velha. Sabe aquela pessoa na qual você se espelha e pensa, puxa que bacana a forma como ela lida com a vida. Como ela é centrada, que autoestima, que determinação. Nos divertimos muito juntas.

A outra, bom a outra é sensacional! Um dia nos encontramos e pronto. Descobrimos muitas afinidades pessoais e profissionais. A gente se diverte. Ela diz que somos uma família. Acho que é no fundo é isso. Mais uma irmã que ganhei aqui em São Paulo. Quando o celular toca e eu escuto: ‘oh, amiga,...’, já sei que vem alguma idéia mirabolante. A autoestima dessa também, vou te contar, lá nas nuvens.

E a mais recente de todas. Uma carioca figuraça!!! ‘Aí, qualé, mulé?!!!’ Super alto astral. Descoladíssima. Animada. Ponta firme. Nos conhecemos numa viagem do doutorado. Quer saber para onde? Dinamarca e Suécia! (Luxo!) Caimos de paraquedas uma na vida da outra e resolvemos ficar. Horas de conversa como se fossemos amigas de infância. Ah, hoje ela mora em Brasília e eu aqui. A gente se fala pelo skype e continuamos as horas de conversa.

O que elas tem em comum além da minha amizade: são lindas, bem sucedidas, umas com filhos outras não, adoram viajar, se vestem bem (cada uma ao seu estilo), adoram viajar, algumas frequentam o mesmo salão e a mesma terapeuta, adoram tomar café, vinho, cerveja, caipirinha, espumante tem mais que 33 anos e amam Paris. Precisa mais?

Além dessas amigAs, tenho muitas outras queridas que fazem parte de minha vida.

Sorte eu?

Sobre os amigOs...


AMIGOS.

As pessoas dizem: eu tenho amigos (independentemente do gênero). Na categoria amigo não entra pai, tio, irmão, primo, sobrinho... amigo é amigo, ok?

E quando alguém te pergunta:

-“Você é uma mulher que tem amigOs?”

O que você responde?

Eu respondo que SIM! Eu tenho queridos e bons amigOs.

Recapitulando sobre meus amigos concluí que até a faculdade eu não tinha amigOs. Tinha claro os ‘meninos’ da turma, mas um amigO daqueles pra compartilhar as coisas, não. Não tive.

Isso começou a mudar quando entrei na faculdade ea partir daí posso afirmar que passei a ter amigOs.

Dois grandes de queridos amigos.

Um é quase meu irmão. Digo isto porque nos mantivemos bem próximos nos últimos 18 anos. Presente em minha vida sempre. Quando eu digo sempre, é sempre mesmo. Eu digo que ele é meu amigo fiel! Ele é sincero e doce. Sabe como é? Ele não mora mais em São Paulo e agora o skype é o que substitui os nossos cafés na Avenida Paulista.

O outro é sem dúvida um querido amigo e sempre nos encontramos nos momentos difíceis, pra dar força. Esse amigo é bem formal. Sério. Mas ele ri comigo. Nos vemos pouco, mas agora ele está começando a usar email. O que facilita o contato. Ah, ainda não tem Facebook. É pedir demais.

Esse trio da época da faculdade é ‘parada dura’. As pessoas entram em nossas vidas, as pessoas saem e nós continuamos aqui, ali, lá.

Depois vieram os amigOs da vida adulta.

Sendo bem honesta digo que são 4, os amigOs. Dois muito presentes, os outros dois presentes quando tem que estar. Sabe como é?

Os dois que são muito presentes. Ah, eles são um presente.

Um ‘está comigo’ desde meu segundo ano aqui em São Paulo. Eita homem difícil! Foi duro conquistar o coração desta pessoa admirável, linda, elegante, inteligente, viajada, culta... ah, vou parar de encher sua bola. Curiosos pra saber quem é este ser iluminado? Adivinhe?

O outro entrou em minha vida por acaso e ficou. Não sai mais. Ainda bem, né?! A gente se diverte muito. Fala de futilidades, mas também temos papos sérios. Coincidentemente nossos companheiros (meu marido e o companheiro dele) são bem parecidinhos, os dois taurinos. Ah, sem contar que ele está me ajudando a chegar aos quarenta linda. Como? Quer o telefone dele?

Os outros dois são pessoas muito ocupadas. Homens de negócios. Gostam de viajar e de bom vinho.

Um deles é Todo, Todo. Daqueles charmosos que encantam as mulheres e algumas de minhas amigas. Um homem brilhante e um amigo querido demais. Esse aproveita a vida. Viaja, aparece na TV e tem muita coisa pra contar. Ótimo papo e de uma gentileza incrível. Quer casar com ele? Mande seu currículo com foto de corpo inteiro porque para ele a beleza é fundamental.

O outro é na dele. Nos conhecemos há poucos anos, mas desde sempre fomos amigos. Ele não doura a pílula pra falar o que pensa. Esse é um daqueles que sorte bateu na porta, sabe como é? Um homem especial e que hoje encontrou seu amor. Bacana, né?

O que os quatro tem em comum, além da minha amizade? Eles adoram vinhos (de todos os tipos, mas de boa qualidade).

Não inveje, faça amigOs.

Sobre a escolha e a dúvida

Você já duvidou de suas escolhas??

E por causa dessa dúvida teve vontade de mudar?? Mudar de trabalho?? De profissão?? De marido ou esposa?? De casa?? De cidade?? De país??

Oh, dúvida cruel!!

Quando essa vontade aparece o mais fácil é correr para o salão e mudar o corte ou a cor do cabelo, a cor da unha. Você já fez isso? É divertido, né?

Mas não é sobre a mudança que quero falar é sobre a dúvida da escolha.

Uma vez ouvi de uma amiga que ouviu do pai dela: ‘escolher é excluir’.

Acho que no fundo é mesmo. E por isso é muito difícil, né?

Durante anos questionei algumas de minhas escolhas, em especial as profissionais. Muitas pessoas de minha faixa etária estão trabalhando em lugares bacanas, ganhando muito dinheiro e trabalhando muito. Viajam a trabalho, vestem roupas chiques, não tempo para quase nada além do trabalho, etc.

Teve um tempo que eu olhava para elas e pensava:

-“Estou fazendo tudo errado. Vou mudar de rumo. Também quero isso.”

-“Por que comigo tudo é tão difícil?”

Ingenuidade! Santa ingenuidade.

Tentei. Confesso que tentei. E a cada ‘não’ recebido ou porta fechada, a sensação de ‘isto não é para você’. Sei lá... até vontade de desistir e mudar totalmente de rumo eu tive.

Sei lá, trabalhar em loja, dar aulas de inglês, virar cozinheira, sei lá...

Conversei com os amigos, mas um deles me disse:

-“Não faça como eu que mudei meu rumo. Optei por sair do caminho e isso é difícil. Continue e siga seu coração, pois eu agora estou tentando voltar.”

Esse conselho ficou martelando na minha cabeça... martelando, martelando, martelando.

E algumas vezes, por necessidade ou teimosia, insisti em mudar de rumo. Mas a vida insistia em me trazer de volta para onde estou hoje. Caminhos tortuosos e até escuros, muitas vezes... Enfim, era preciso seguir ou mudar de caminho.

Esta semana foi bem bacana neste sentido de confirmação da escolha (de uma delas, pelo menos).

Foi uma semana intensa de trabalho e de reconhecimento.

- “Eu queria dizer, que vocês professoras, fizeram a diferença neste curso...”

-“Professora você mudou a minha vida este ano”.

-“Obrigada por ter acreditado em mim e me dado o rumo que eu precisava para terminar minha monografia”.

E pra fechar, recebo a Revista Claudia e lá está escrito no meu horóscopo do mês de março:

“A fase é de colheita profissional e financeira. Você deve fazer contatos importantes e parceiras em projetos de trabalho ou estudo... Só não se precipite na decisão de mudar de emprego. Avalie melhor os prós e os contras”.

Bom, né?

J.

São Paulo, 01/03/2012 (Calor, hein?!)

imagem de: http://donnabranquela.blogspot.com/2010_05_01_archive.html