quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sobre praticar o bem


Pratique o bem e seja feliz

As aulas de yoga recomeçaram esta semana e a proposta para 2011 é trabalhar a paz. A paz interior e paz entre as pessoas.

Praticar a bondade, respeito, confiança e amor são os pilares que levam a paz, de acordo com os ensinamentos de Dalai Lama. Foi que nos ensinou nossa instrutora.

E aí, entre pranayamas, asánas e mantras, uma noite ela finaliza a prática com a seguinte frase (mais ou menos assim):

- “Em vez de ficarmos procurando o que há de mal, devemos procurar praticar o bem”.

Ouvi esta frase e logo pensei:

- “Claro!”.

Quanto tempo perdemos elocubrando sobre as coisas que achamos que estão acontecendo?

Quanto tempo perdemos desconfiando do que as pessoas dizem ou de como elas agem?

Na minha opinião, isso é procurar o mal. É gastar energia com coisa desnecessária. É intoxicar o fígado com chateações e mágoas. É perder tempo com o que não precisa.

Não seria mais fácil acreditarmos no que as pessoas dizem, estarmos presentes em cada situação ou ação e entendermos e aceitarmos algumas coisas de maneira mais simples?

A atitude em relação à vida deve ser positiva e proativa. Claro, que existem os momentos difíceis, chatos, doloridos, cansativos, desgastantes, estressantes... É claro.

Afinal, a vida é assim cheia de altos e baixos.

Acho que o exercício deveria ser olhar para as situações, enxergar o que elas significam, ouvir o que está acontecendo, refletir e daí decidir se sofre ou não.

Assim, acredito que quando praticamos o bem, a vida flui.Quando praticamos o bem, recebemos o bem.

Pratiquem o bem e sejam felizes.

SP, 16/01/2011. (domingo de manhã, faz sol)

Sobre a tempestade e a calmaria

Depois da tempestade vem a calmaria, será?

Estávamos, eu e minha amiga Monica conversando outro dia sobre as crises cotidianas.
Sobre as situações delicadas, complicadas e difíceis da vida ou simplesmente aquelas que não são como gostaríamos que fossem.
As pessoas reclamam desses momentos esperando que momentos mais calmos venham.
As pessoas vivem a tempestade esperando que a calmaria venha.
Ela vem, mas em seguida vem outra tempestade ou uma chuvinha que seja para atrapalhar aquele dia lindo de sol.
O que ficamos nos perguntando é:
- “Por que não viver os dias de tempestades e chuvas sem esperar os dias de sol?”
- “Não seria mais prudente prestar atenção no que está acontecendo naquele dia de tempestade ou chuva e fazer deste um dia especial?”
Afinal, tem muita gente que reza por um dia ou uma semana de chuva, não é mesmo?
No fundo, concluímos que a vida seguirá tranqüila se entendermos que a crise é parte da vida.
A crise não é um momento ruim, é um momento mudança, segundo os gregos.
A mudança é uma constante na vida das pessoas e acho que no fundo é uma questão de ponto de vista.
Ontem, o Pedro, meu marido, disse uma frase que resume isso tudo: “não podemos dirigir os ventos, mas podemos ajeitar as velas”.

J.
SP, 06/01/2011

Sobre as mães


Grata por ter minha mãe.

Hoje, depois que desliguei o telefone, fiquei pensando naquelas pessoas que não tiveram a oportunidade de conhecer suas mães.

Naqueles que foram abandonados, que perderam a mãe muito cedo e naqueles que nunca tiveram uma segunda chance de ter uma mãe...

Fiquei pensando que talvez, digo talvez porque não posso sentir o que eles sentem, eles sintam um vazio... sintam aquele “e se”...

Por outro lado, fiquei pensando em como nós, que tivemos e temos a oportunidade de ter e conviver com nossas mães somos afortunados.

Olho para a minha mãe e vejo o quanto ela é uma mulher especial. Como uma boa mãe de descendência italiana é a matriarca da família e, assim, como minha avó, a mãe da minha mãe, consegue do jeito manter a família unida e feliz em volta da mesa.

Ouço as histórias das mães das minhas amigas, das minhas primas e das minhas amigas mães, da minha irmã mãe, da minha avó mãe e vejo que no fundo as histórias se repetem, mas de maneiras diferentes.

Existem vários tipos de mães: as mães caseiras; as mães passeadeiras; as mães artesãs; as mães tranqüilas, as mães agitadas; as mães intelectuais; as mães que amam novela; as mães que se cuidam; as mães vaidosas; as mães que fazem yoga, pilates e terapia; as mães que adoram fazer compras; as mães que adoram tomar vinho; as mães peruas; as mães pau pra toda obra, as mães que já não estão mais aqui, mas que enquanto estiveram deixaram sua marca; as mães que dão trabalho; as mães que ligam todos os dias, as que ligam de vez em quando; as mães que participam de tudo, as que quase não participam... enfim, tem pra todo gosto.

No fundo, acho que no fundo as nossas mães sempre nos ensinaram a amar ao próximo, a compartilhar, a fazer o bem, a sermos honestas conosco e com os outros, a termos dignidade e respeito.

No fundo, as nossas mães nos mostram ou nos mostraram que ser mulher não é fácil, mas pode ser muito lindo.

No fundo, as nossas mães nos mostram ou nos mostraram que ser mulher é fazer do mundo mais alegre, colorido.

Ser mulher é entender que a vida tem seus de altos e baixos. Afinal, se a lua tem fases, porque conosco seria diferente?

J.
SP, 16/01/2011 (domingo de manhã, faz sol)

Sobre bebês e mães


“Quando nasce um bebê, nasce uma mãe.”


Finalmente decidi começar as caminhadas.
Claro que foi depois de uma conversa com a minha bruxa querida. Melhor dizendo, depois de uma intimada que ela me deu.

Comecei, mas não é sobre isso que quero falar.

Nos últimos meses e por que não dizer no último ano o assunto “gravidez e filhos” anda rondando a minha vida.

Tudo muito natural e a explicação será dividida em três grupos:
i. as minhas queridas que já tem filhos,
ii. as minhas queridas que já tem e querem ter mais um ou que ainda não tem mais querem ter ou já estão grávidas e
iii. as minhas queridas que estão na faixa dos “quase quarenta” e estão tentando decidir sobre ter, não ter, tentar, não tentar, adotar, esperar, enfim...

Estava caminhando e passei por um muro, pelo qual passo todos os dias, quando li: “quando nasce um bebê, nasce uma mãe.”

Isso me fez pensar que algumas mulheres nascem mães e outras tornam-se mães.

Numa conversa sobre a decisão de ter ou não ter filhos. Uma amiga disse que era uma cuidadora, por ser cuidadora já se considerava “mãe” de tanta gente que se sentia satisfeita. Foi mais ou menos isso. Bom, ela não tem filhos e se diz tranqüila com isso.

Achei tão bonito e gradioso que me convenci que algumas pessoas nasciam cuidadoras naturais. Ela de fato é.

Ao ler a frase hoje de manhã cheguei a conclusão que a mulher se torna mãe quando ela tem um filho, seja ele biológico ou adotivo.

Foi aí que comecei a pensar em todas as minhas queridas mamães ou futuras mamães e no quanto eu as considero mulheres corajosas, grandiosas e especiais.

Essas minhas queridas decidiram abrir suas vidas para a entrada de uma ou duas ou três... novas pessoinhas.

Elas tem um brilho tão diferenciado, uma serenidade que só a maternidade traz que sinto feliz e honrada por compartilhar a vida com elas.

Obrigada minhas amigas, mamães e futuras mamães, pelo exemplo de amor e grandeza que vocês são e serão.

Observação: este texto veio porque estou tão feliz com as últimas notícias: um sobrinho torto Pedrinho, um sobrinho Felipe (filho da minha irmã Mariana), a Malu filha da minha cunhada Saartje e o bebê da minha amiga Arianne que me presenteou com a notícia de sua gravidez, ainda no comecinho.

J
SP, 24/11/2010