Vou e volto todos os
dias em metro, fazia isso em São Paulo, e agora faço em Buenos Aires, e por
isso me considero uma pessoa de sorte, ou pelo menos era o que pensava até
viver a experiência da demora constante dos trens!
A linha que uso, que
por sorte não tenho que fazer baldeações, é consideravelmente tranquila de
quantidade de gente que usa, apesar de ser uma das mais antigas da cidade, as
estações e trens estão em estado aceitáveis!
Tudo bom até ai, não é
mesmo, afinal não vamos comparar os trens novos da linha verde de Sampa com os
velhinhos da linha E daqui! Cada um, cada um! O problema começou faz um ou dois
meses, os trabalhadores do metro começaram a manifestar por aumento de salário,
e além de greve os trens começaram a atrasar entre um e outro! E com isso,
comecei a viajar como laranja espremida, ou melhor, entro laranja e saio espremida...
Agora quase todos os dias.
E eu que tenho um
problema de transpirar até a alma, já estou abandonando a maquiagem e uso como
aliado desta aventura os lencinhos de papel, mas ainda não desisti da leitura,
me sinto uma highlander lutando para
ser a ultima imortal da leitura do metro.
Às vezes, estou eu e meu livro como se fossemos dois namorados
apaixonados! Só deixo de ler quando o aperto é tamanho que ou respiro ou deixo
o livro aberto e ainda prefiro respirar!!
Hoje foi um dia
desses, aqui o frio realmente frequenta o inverno todos os dias, o que
significa que todos entram e permanecem com seus casacos de lã dentro do metro
no aperto geral! Eu tiro o casaco, por mim e pelos demais, porque ninguém é
obrigada a roçar durante toda a viagem nos gigantes casacos de lã, muito com
cheiro de recém saídos dos guarda-roupas desde o outro inverno....como diriam
os piracicabanos: o ohhhhhhhhhhhh!
Mas Ainda é melhor vir
assim que vir em carro, economizar com gasolina, estacionamento e estresse de
trânsito de uma cidade grande, nisso muito melhor que Sampa, também por ser
menor, mas são desordenados e não respeitam muito os códigos de conduta
saudável no transito, o que pode parecer uma loucura, mas em Sampa sim o
respeitam!
E se aproxima a hora
de mais uma viagem de laranja a laranja espremida!
T.
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