segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Sobre o dinheiro e o amor ou o amor e o dinheiro


Já cantavam os Beatles :

“Can’t buy me Love… Money can’t buy me Love…”

Acredita-se que na vida as pessoas precisam ter: casa, outra casa, carro, outro carro, dinheiro guardado, ações na bolsa de valores, diversas propriedades e mais dinheiro.

A reflexão de hoje não é sobre ter dinheiro, afinal precisamos dele. Dinheiro é bom!

A reflexão é sobre a relação das pessoas com o dinheiro.

Dinheiro pra que?

Dizia meu avô que o dinheiro precisa ser bem cuidado. Cuidar do dinheiro para ele era mais do que aplicar de maneira ponderada. Era guardar as notas bem arrumadinhas na carteira, todas viradas do mesmo lado. Era planejar os gastos. E em sua cadernetinha ele anotava tudo. Era fazer agrados para sua família, comprar sorvetes para seus netos. Meu pai também tem apreço pelo dinheiro e sempre guardou tudo bem guardadinho, escondidinho.

Lembrando de meu avô sentado em sua escrivaninha na sala de costuras ou do meu pai fico pensando que ter dinheiro traz tranqüilidade, estabilidade e possibilidade de realizar coisas. Isso é muito bom!

Mas o dinheiro pode ser traiçoeiro.

Há quem diga que todo mundo tem seu preço...

Faça seu preço!

Há quem acredite que pode comprar tudo ou quase tudo.

Pode comprar o amor, o companheirismo, a admiração, o afeto... enfim, a felicidade.

Neste momento tão conturbado no qual a descartabilidade é uma questão pontual, no qual algumas relações parecem superficiais, será que o dinheiro compra o amor?

Prefiro continuar cantarolando a música dos Beatles e você?

J.

São Paulo, 23.02.2012

(quase noite)

Letra da música dos Beatles disponível em: http://letras.terra.com.br/the-beatles/287/traducao.html

Imagem: http://www.daejeonaccess.info/newsite/index.php/columnists/feminine-slant/111-love-and-money

Sobre São Paulo e a gentileza


“GENTILEZA GERA GENTILEZA”, de José Datrino, o poeta Gentileza.

Frase simples. Três palavras, sendo que duas se repetem.

Frase difícil de ser compreendida, de ser aplicada, de ser levada ao pé da letra.

Aqui, na cidade de São Paulo, uma das maiores cidades do mundo, a gentileza existe.

As pessoas praticam a gentileza.

Não concorda?

Não há gentileza no trânsito? Nas filas? Nos hospitais? No serviço público? Nos serviços de atendimento ao consumidor? Não há?

Dizer que ‘todo mundo na cidade de São Paulo’ pratica a gentileza seria, no mínimo, exagero.

Dizer que não se pratica gentileza na cidade de São Paulo seria, no mínimo, exagero.

Planejam os encontros.

As pessoas na cidade de São Paulo combinam de ir e vão.

Marcam horário e chegam na hora, com alguns minutos de atraso por causa do trânsito, claro.

Convidam para jantar e, muitas vezes, pagam a conta.

Convidam para um café e dizem: ‘este café hoje é meu’.

Mandam emails ou telefonam nos aniversários e sempre se lembram de comprar um mimo, uma lembrança.

Nunca chegam na casa de alguém sem um vinho, sem flores, sem pelo menos um mimo ou um chocolatinho.

As pessoas não se incomodam em levar a bebida ou a sobremesa.

Se por acaso não forem a um evento, avisam que não irão ou justificam porque não foram.

Os garçons na cidade de São Paulo atendem melhor seus clientes do que em qualquer outro lugar do mundo. Verdade ou não?

As pessoas na cidade de São Paulo parecem não ter muito tempo sobrando, mas...

Se alguém te convida para jantar ou almoçar em sua casa, pode ter certeza que tudo estará impecável e que aquele momento foi feito especialmente para você.

Se um encontro entre amigos é marcado em um restaurante, bar ou café, todos se arrumam e vão de bom grado.

Podem não te buscar no aeroporto, mas estarão disponíveis para conversar e tomar muitos cafés.

As pessoas na cidade de São Paulo são formalmente gentis, não acha?

Não. Então você ainda não fez amigos em São Paulo.

J.

São Paulo, 23.02.2012

Imagem de: http://www.mistertube.com.br/2012/01/conheser-gentileza-gera-gentileza.html

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Sobre a Sombra...


A sombra é aquela imagem que se forma quando a gente está no sol ou na luz. Sombra é o oposto de luz.

Segundo o site Wikipédia: “uma sombra é uma região escura formada pela ausência parcial da luz, proporcionada pela existência de um obstáculo”.

Será essa a única definição de sombra?

Na astrologia cada signo tem sua sombra, ou seu signo oposto: Áries–Libra;Touro-Escorpião;Gêmeos-Sagitário;Câncer-Capricórnio;Leão-Aquário; Virgem-Peixes.

Estes signos opostos representam, na astrologia, polaridades distintas de uma mesma energia e por isso são considerados complementares. Assim, as pessoas nascidas em signos opostos caracterizam pessoas de comportamentos diferentes, mas, ao mesmo tempo, bem semelhantes. O que pode fazer com que relação entre os signos opostos seja harmoniosa ou, às vezes, nem tanto.

Confuso? Bobagem? Ah, eu não acredito em astrologia! Não importa...

Será que qualquer ariano é sombra de qualquer libriano? Será que qualquer capricorniano é sombra de qualquer canceriano? Será?

Um dia, num desses cafés da hora do almoço, paramos para folhear um livro, desses de astrologia. Abrimos os nossos signos e nos deparamos com a sombra de cada um, ou o signo oposto. Qual não foi minha surpresa quando descobri que eu convivia diariamente com pessoas do meu signo oposto. Eu convivia com as minhas sombras? Mas quem seriam elas? Todas seriam minhas sombras?

Comecei a refletir, a pensar sobre cada pessoa que eu conheço do meu oposto. Concluí que, curiosamente, convivo muito com pessoas do meu signo oposto. E inclusive tenho dois irmãos deste signo. Honestamente não acho que eles sejam minhas sombras. Amamo-nos loucamente, mas não nos complementamos. Somos diferentes demais para sermos sombras uns dos outros.

Considerando que ‘os sombras’ são complementares. Semelhantes, mas diferentes.
Ouso afirmar que cada um tem sua Sombra.

E nessa brincadeira de folhear o livro de astrologia que eu e minha amiga Sombra descobrimos que temos muitas coisas em comum. E que as diferenças existem e de fato se complementam.

A relação de amizade entre as Sombras é muito interessante e se intensifica nos dias de sol. Mas a chuva traz a desculpa que a gente precisa para tomar mais um café.

As Sombras se ajudam, pois o lado frágil de uma é o lado forte da outra.

A minha Sombra tem uma autoestima elevadíssima e pode ser um pouco vingativa. Ela é uma mulher que sabe o que quer, mas que se fragiliza diante de demonstrações de afeto. Ela sempre tem uma palavra amiga e positiva e quando quer dar puxões de orelha, faz com muita classe. Ela está de olho em tudo o tempo todo.

Aprendo muito com ela. E acho que ela também aprende comigo.

Afinal,ela é a Sombra e eu sou a Sombrinha.

E sabe como é, né: as Sombrinhas podem ser levadas a qualquer lugar porque quase não ocupam espaço.
E você? Já encontrou a sua Sombra? Procure e divirta-se!!!
J.
São Paulo, 23.02.2012 (Chove em São Paulo. Hoje almocei com minha Sombra).
Imagem de: http://gatacanjica.blogspot.com/2010/06/ecobags-medias-3.html

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Sobre o Carnaval…

Ai o carnaval, aquele que desde pequenos nos inspira travessuras, personagens, fantasias, e até liberdade de expressão!

Porque no carnaval tudo é permitido, não existe a culpa ou o ressentimento, só não pode se arrepender do que não fez porque senão o jeito é esperar o próximo carnaval!

O carnaval traz alegria para os que gostam de festejar muito mais, mas para aqueles que gostam de descansar também, porque ele vem acompanhado de um feriadão SAGRADO, esperado ano a ano! Sagrado porque nenhum chefe é louco de pedir a seu funcionário que fique trabalhando no carnaval… porque no carnaval não se trabalha minha gente, no carnaval se vive, da forma que cada um escolher!

E quantas cidades já estão se preparando há tempos para receber os foliões, as grandes Rio, Salvador e Recife/Olinda (minha favorita), e as pequenas e famosas Ouro Preto e outras tantas mais… e os clubes com a noite do preto e branco para a largada e as matines pra descansar sem parar e as ruas enfeitadas com seus camarotes… Eita festa boa da porra!!! E a canja de fim de carnaval, só existe pra comprovar que não queremos que a festa se acabe!!! Quase me esqueço da melhor parte, os beijos de carnaval, com o gostinho de nunca mais e às vezes com a esperança de um novo amor… Que combinação de sensações, misturada com confetes, serpentinas, suor, gostinho de cerveja na boca… Oh coisa boa!

Fui a festas, a salões, mas também fui a praia, fui acampar e já fiquei em casa, mas o importante é estar em boas companhias e com bom humor!!! No carnaval não é permitido entrar mau humor e se entrar, é melhor que se converta em bom humor rapidinho!!

Só não entendo os que fazem retiro spiritual, mas não julgo. Tudo é permitido no carnaval, mas sempre me perguntei se estavam fugindo de eles mesmos… hahahahha. Enfim, vale viver bem e feliz e desfrutar porque outro assim, no ano que vem!

E que venha o nosso querido carnaval! Estamos te esperando de braços abertos! Não se esqueça do glitter, por favor!

T.

Buenos Aires, 17.03.2012.

Também é carnaval na Argentina!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Sobre o ato de perdoar e a grandeza do amor...

Hoje encontrei um grande amigo para tomar um café.

Conversando das amenidades de sempre, de repente...

-“Acho que não te contei o que aconteceu antes da viagem.”
- “Não contou.”
- “Então, fui ao Centro e recebi a informação de que eu
deveria perdoar meu pai porque ele estava me perdoando.”

A relação deste meu amigo com o pai foi difícil, mas apesar
disso foi de muito amor. O pai falecido há tempos e ele certo de que não havia pendências entre eles.

Lá foi ele, seguindo o que seu guia espiritual havia lhe
recomendado fazer.

E com lágrimas nos olhos, ele me contou:


-“Conversei com ele. Disse que tinha muito orgulho de ser seu filho e que as brigas foram apenas uma forma de comunicação entre nós... Também disse que o perdoava e que hoje
entendia o que tinha acontecido...”

-“Sabe, eu me senti tão leve”, disse ele.

Lágrimas escorrendo...
... a plenitude do perdão e a grandeza do amor estavam no ar.

Para um dos meus mais amados amigos, com minha admiração por
sua coragem e persistência.

J.
São Paulo, 16.02.2012
(Tarde de sol, quase carnaval)

Sobre o que realmente importa levar para um dia de compras


Duas amigas combinaram de fazer compras num sábado de manhã na cidade de São Paulo.

Marie esperava por Kelly em seu apartamento quando de repente começou a ouvir um ‘buzinaço’ em sua rua.

Curiosa, foi olhar pela janela. E não acreditou no que viu.

Kelly estava com seu carro parado no meioda rua em frente ao prédio de Marie.

Marie desce correndo e entra no carro.

- “Você está louca? Por que não me ligou pra eu descer?”
- “Porque esqueci meu celular.”
- “E por que não estacionou o carro e foi até o meu prédio?”
- “Porque esqueci a carteira e estou sem dinheiro para pagar o estacionamento.”
- “Como assim? Esqueceu a carteira?”
- “Esqueci a carteira, mas trouxe os óculos escuros e o batom.”

J.
São Paulo, 16.02.2012 (tarde de sol. quase carnaval)