domingo, 25 de novembro de 2012

Sobre a plenitude do silêncio...


Quanto você aguenta o silêncio?
E quando o assunto termina? Você consegue ficar ali sentindo ou precisa puxar papo?
E quando calar-se é estratégico?
E o silêncio durante a viagem ou a carona?
O silêncio te incomoda?

Às vezes penso sobre o silêncio e sobre o quanto gosto de estar e de ficar em silêncio.
Claro que também penso no quanto gosto de ficar horas batendo papo, jogando conversa fora, falando coisa séria ou trabalhando.

Falar, calar e estar em silêncio... ações diferentes mas com coisas em comum: a comunicação.

Entender a comunicação no falar é fácil.
No calar-se também porque no meio de uma discussão, por exemplo, você se cala e pronto.
E o silêncio? O que o silêncio tem a ver com a comunicação.

A comunicação, na minha opinião, reflete o sentir, o pensar, o agir.
E o silêncio??
O silêncio é a comunicação na sua forma mais básica.
É isso mesmo.
O silêncio se sobrepõe a fala, pois quando você consegue estar em silêncio ao lado de alguém, para mim, significa conforto.
Basta sentir. Basta estar ali. Basta estar em silêncio.

Estar em silêncio para mim é diferente de ficar em silêncio.
Ficar em silêncio é igual a calar-se.
Você se cala para evitar confronto ou porque não quer continuar a conversa ou porque já se encheu do papo... A sensação pode ser de vazio. Falta a conversa, falta a fala.
Estar em silêncio também é uma opção que normalmente acontece em via de mão dupla. Simplesmente acontece.
A sensação é de preenchimento daquele espaço/momento com o silêncio.


Outro dia estávamos sentadas na sala de casa eu e minha mãe em silêncio. Estávamos lado a lado, aproveitando uma a companhia da outra e compartilhando aquele momento.
Ah, a plenitude do silêncio!!!

São Paulo, 25.11.2012.
Noite com chuvisco.
J.




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