sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Paixão, amor e viagens

Essa semana no programa Saia Justa a discussão foi sobre a paixão e o amor.
O quanto as pessoas e o mundo se movem pela paixão e o quanto o amor é considerado desconhecido.
A paixão move o mundo e as pessoas e o amor mantém tudo isso.
Em linhas gerais, a discussão foi nesse sentido.
O amor é algo que pode nascer à primeira vista ou pode ser construído.
O amor simplesmente está lá.
O amor passa por alegrias, tristezas, frustrações, expectativas, conquistas e assim segue.
Já a paixão explode e passa.
Acontece e vupt!
Isso é o que a gente acha...
Algumas paixões podem ser eternas, assim como o amor.
O amor pode acabar, assim como a paixão.
Duas faces da mesma moeda. Faca de dois gumes.
Pensando nisso sai a pergunta:
-“Qual a paixão que te move?”
-“O que te dá estimulo, impulso, garra, força, coragem e determinação para seguir?”
-“O que não te deixa desistir?”
Um respondeu os filhos, o outro a profissão, o outro a novidade o outro a imaginação.
O pano de fundo da discussão era o quanto as pessoas precisavam estar apaixonadas por algo ou alguém o tempo todo ou a maior parte do tempo para serem felizes.
Já o amor não exige uma satisfação constante, então ele permite a tristeza, vez ou outra.
Afinal, quem nunca sofreu por amor?
Já a paixão não faz sofrer... Por que? Porque ela passa.
Começa e termina.
Termina inclusive quando se transforma em amor, amizade, ódio, vazio ou sei lá eu o que.
Bom, depois de ouvir tudo isso... refleti sobre o tema.
Afinal, qual a minha grande paixão? O que move minha vontade de seguir em frente?
Simples.
Muito simples.
Uma palavra: VIAGEM!
Sou movida pelas viagens.
Viagens para conhecer lugares conhecidos e desconhecidos, viagens para conhecer pessoas, viagens de autoconhecimento, viagens pela minha imaginação (La loca de la casa, Rosa Montero), viagens pelos meus sonhos... VIAGENS!!!
-“Você viaja, amorzinho”, costuma dizer meu marido.
E foi numa dessas viagens pelas internet que acabo de ler a frase do professor Silvio Passarelli: “Até para ser feliz você precisa usar uma estratégia adequada”.
Numa viagem rápida pela discussão do programa Saia Justa, pelos acontecimentos da semana e pela minha imaginação fiquei pensando:
Qual é a sua (a minha) estratégia para ser feliz?

Essa vale outro texto...

São Paulo, sexta-feira à noite.
30.11.2012.
Tchau novembro!
J.



quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sobre o batom vermelho...



A moda agora é usar batom vermelho.
Agora? Moda? Como assim?

Marilyn Monroe imortalizou o batom vermelho.
(Amo a Marilyn. Linda, sedutora e triste...)

Nas maquiagens mais sedutoras a cor da boca sempre foi vermelha.
Porém, o uso do batom vermelho em absolutamente qualquer ocasião foi declarado oficialmente liberado em 2012!
Usem batom vermelho!!!

Eu acho lindo, mas confesso que não usava... E, honestamente, ainda não assumi o batom vermelho para o dia a dia.

Mas num momento pré cinema, eu e minha amigas conversamos sobre o batom vermelho.

Mas que cor de vermelho usar?
Vermelho tomate, vermelho rubi, vermelho vermelho, vermelho sangue, vermelho escuro...
Um vermelho para cada tom de pele.
Um cartela infinita de tons de vermelho ou seria melhor dizer 50 tons de vermelho, aproveitando a onda do 50 tons de cinza?

Aí uma delas disse:
-“Ah, outro diz comprei um vermelho lindo. Batom do tipo mate. Fica lindo. Depois te passo a cor”.
-“ Vou te lembrar.”
-“ Olha”, disse ela, “mas se prepare porque as pessoas reparam e comentam o uso do batom vermelho. Em especial os maridos que acham exagerado”.

Eu que estou querendo muito um batom vermelho (isso porque decidi que as ruivas não ficam bem de batom rosinha, cor de boca. Opinião de maquiadora amadora!!!) tratei de mandar um email para ela pedindo a indicação da cor.

Eis que recebo a resposta por email:

“... se não me engano a cor é Rubi. Preciso checar em casa direitinho, mas é um vermelhão bem fechado, cor de rubi mesmo.  Fica bem bonito. Uso de vez em quando.... Na loja tal eles limpam os batons e deixam você testar.
Confesso que comprei porque um dia ouvi no rádio do carro a Malu Magalhães cantando uma musica chamada Velha e Louca, que dizia:
"Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho
Que hoje eu passei batom vermelho,
Eu tenho tido a alegria como dom
Em cada canto eu vejo o lado bom
"
Achei a música super legal, fui na loja na mesma noite e comprei o tal batom vermelho.”

Fala sério!
Depois dessa justificativa minha vontade foi correr para o shopping para comprar o batom vermelho rubi!!!
Mas... em vez de sair correndo pra comprar o batom fiquei pensando sobre ele, o batom vermelho...
Acho que Marilyn já sabia da força do batom vermelho e por isso usava e arrasava!
Um escudo protetor contra o baixo astral.
Um lembrete para quando você se olhar no espelho: veja o lado bom.
Afinal, você escolheu usar BATOM VERMELHO!

Vamos?
Coragem!
Fica lindo!
Use batom vermelho e siga alegremente.
Ah, e não dê bola para os comentários... só para os elogios!

São Paulo, 28.11.2012
Sol-chuva-sol
J.



domingo, 25 de novembro de 2012

Sobre a plenitude do silêncio...


Quanto você aguenta o silêncio?
E quando o assunto termina? Você consegue ficar ali sentindo ou precisa puxar papo?
E quando calar-se é estratégico?
E o silêncio durante a viagem ou a carona?
O silêncio te incomoda?

Às vezes penso sobre o silêncio e sobre o quanto gosto de estar e de ficar em silêncio.
Claro que também penso no quanto gosto de ficar horas batendo papo, jogando conversa fora, falando coisa séria ou trabalhando.

Falar, calar e estar em silêncio... ações diferentes mas com coisas em comum: a comunicação.

Entender a comunicação no falar é fácil.
No calar-se também porque no meio de uma discussão, por exemplo, você se cala e pronto.
E o silêncio? O que o silêncio tem a ver com a comunicação.

A comunicação, na minha opinião, reflete o sentir, o pensar, o agir.
E o silêncio??
O silêncio é a comunicação na sua forma mais básica.
É isso mesmo.
O silêncio se sobrepõe a fala, pois quando você consegue estar em silêncio ao lado de alguém, para mim, significa conforto.
Basta sentir. Basta estar ali. Basta estar em silêncio.

Estar em silêncio para mim é diferente de ficar em silêncio.
Ficar em silêncio é igual a calar-se.
Você se cala para evitar confronto ou porque não quer continuar a conversa ou porque já se encheu do papo... A sensação pode ser de vazio. Falta a conversa, falta a fala.
Estar em silêncio também é uma opção que normalmente acontece em via de mão dupla. Simplesmente acontece.
A sensação é de preenchimento daquele espaço/momento com o silêncio.


Outro dia estávamos sentadas na sala de casa eu e minha mãe em silêncio. Estávamos lado a lado, aproveitando uma a companhia da outra e compartilhando aquele momento.
Ah, a plenitude do silêncio!!!

São Paulo, 25.11.2012.
Noite com chuvisco.
J.




sábado, 17 de novembro de 2012

Sobre uma única noite...



É comum na juventude que a moçada se junte para conversar, tocar violão e passar a noite em claro. No carnaval as pessoas passam a noite em claro. Nas reuniões de intercâmbio, noites em claro.

Na juventude não se tem tempo a perder. E dormir, claro, é perda de tempo.

Mas e na vida adulta?

Pensei sobre isso depois de observar que vários são os filmes que retratam situações e estórias que acontecem em uma única noite.

Alguns dos filmes que me lembro neste momento: Antes do amanhecer e Antes do pôs do sol, ambos com Julie Delphi e Ethan Hawke; Meia Noite em Paris, do Woody Allen com Owen Wilson, Rachel McAdams e outros, Apenas uma noite com Keira Knightley, Guillaume Canet e outros, Noite de Ano Novo com Robert de Niro, Sarah Jessica Parker e outros.

Nesses filmes a noite é longa e tudo, ou quase tudo, é possível: paixões fulminantes, amores eternos, volta ao passado, reencontros, aventuras, encontros, desencontros, espera, morte, nascimento, butterflies in the stomach[1], beijos, lágrimas, sorrisos, confissões, juras de amor, vinho, café e comida.

Nunca falta vinho e nunca falta comida!
O clima é sempre frio!
As pessoas são sempre lindas. Passam a noite acordadas e não ficam com olheiras. Conversam a noite toda.

Paris e Nova Iorque são as cidades favoritas, mas tem também Viena, Budapeste e outras tantas e tão maravilhosas.

Tudo acontece naquela noite e tudo pode acontecer. Ou nada (pelo menos nada do que o espectador fica esperando que aconteça).

Lenine canta “o que você faria se só te restasse esse dia?”.

Mas e se você tivesse uma noite... uma “única noite” inteira como nesses filmes.
Não falo da última noite da sua vida, mas de uma “única noite”.
O que você faria?

Numa das cenas do segundo filme de Sex and the City, Miranda e Charlote passam uma noite inteira bebendo e desabafando, uma com a outra, sobre a maternidade e confessam ter uma noite para fazer nada é um luxo. Essa é uma opção!

Ter a cama inteira só para você ou dormir acampada sob as estrelas numa praia, podem ser outras opções.

Passar a noite numa festa linda numa cobertura com uma vista linda, numa balada com seus amigos de juventude ou num baile de máscaras como no filme De Olhos Bem Fechados, podem ser opções mais ousadas.

Passar uma noite inteira com seu marido, namorado ou namorido num hotel de luxo na sua própria cidade. Um mini mimo luxuoso!

Passar a noite bebendo e conversando com suas amigas e amigos ou seus irmãs, irmãos ou seus primos e primas falando da vida, do nada, do tudo, sem pressa para ir embora.

Seja lá qual for ou como for a sua “uma única noite”, lembre-se de 3 coisas fundamentais: vinho, comida e boa companhia.

Agora confessa, seria bom ter “uma única noite” de vez em quando, não seria???

São Paulo, uma noite chuvosa...
J.




terça-feira, 13 de novembro de 2012

Juri simulado


Um convite = uma lembrança.
Bom, essa semana, fomos convidados para participar de um evento tradicional na faculdade de direito: o júri simulado.
Como assim?
Por que professores que não lecionam direito penal vão participar de um júri simulado?
Simples, vamos prestigiar nossa coordenadora e nosso amigo “professor de penal”.
Hoje a faculdade de direito estava naquele burburinho pré dia de júri simulado...
Um burburinho que me remeteu a 1997.
1997 foi ano em que eu, como aluna, participei do júri simulado.
Não lembro qual era o meu papel (mas tenho amigos que certamente lembram).
Lembro apenas que foi um dia importante. Deu tudo certo. Tiramos fotos. Saímos para celebrar.
Naquela época a nossa aprovação na matéria de direito processual penal dependia da nossa participação no júri. Participar não era uma escolha.
Dessa vez, participar foi uma escolha. Na verdade a escolha de aceitar o convite de um amigo. A escolha de participar e prestigiar.
O júri simulado será amanhã de manhã.
Para os professores um acontecimento importante.
Para os alunos uma oportunidade de participar, talvez pela única vez, de um júri.
Só de pensar como será participar novamente dessa situação sinto um misto de curiosidade e alegria.
A vida dá voltas e, às vezes, nos leva de volta para boas lembranças...

E você já recebeu um convite que te remeteu a uma lembrança?


São Paulo, 12 de novembro de 2012.
Noite chuvosa...
J.

domingo, 11 de novembro de 2012

Sobre o frescor da noite


Muito feliz a sensação do frescor da noite entrando pela janela da sala...
Sentada na poltrona florida, meu novo lugar favorito, posso apreciar do frescor.

Janela levemente aberta, as luzes da cidade ao alcance dos olhos, uma taça de vinho ou melhor duas, já que compartilho esse momento com meu marido que está na cozinha fazendo mágica...

A noite entra pela janela e com ela muitas sensações...
Sensação de finalização de um trabalho de meses, sensação de tê-la toda pela frente, sensação de tranquilidade, sensação de recomeço porque amanhã é segunda...
Há tempos eu não sentia uma noite de domingo tão leve...
É como se fosse a primeira vez que me sento nessa poltrona olhando para o horizonte da minha janela com minha taça de vinho e sinto-me plena...

E você como se sente ao sentir o frescor da noite?

São Paulo, 11 de novembro de 2012.
Noite fresca de domingo.
J.