Estava lendo uma reportagem sobre mulheres que querem viver diferentes
realidades e embarcam no turismo de experiência.
Quatro histórias foram contadas:
1.
A moça que vai com marido viver durante 25 dias
com nômades na Mongólia e descobre que “a vida pode ser simples e feliz sem
grandes demandas”.
2. A
moça que cansou da profissão , foi passar um tempo na Amazônia e aprendeu com
os índios “que devemos fazer pelos outros o que gostaríamos que fizessem por
nós, sem esperar nada em troca”.
3. A
moça, que após o divórcio, foi passar um tempo na periferia de uma cidade no
Peru e hoje não vê mais limites para ajudar o próximo.
4. A
moça que foi passar uma temporada numa unidade de conservação na África do Sul
para cuidar de animais e descobriu que consegue se adaptar a situações
diferentes de sua realidade.
5.
A reportagem é bacana, com lindas fotos e realmente me fez pensar
naquela minha vontade de passar um tempo na África. Mas...
Mas o que me chamou a atenção foi que elas precisaram sair de sua zona
de conforto, enfrentar dias sem tomar banho e comendo comida estranha, vivendo
em barcos, tendas ou casebres, correndo risco sei lá eu de que para descobrir que
a vida pode ser simples, devemos ajudar os outros, devemos agir com o coração e
sem esperar nada em troca e que podemos nos adaptar às adversidades e às mudanças da vida?
Peraí! Pode parar o mundo que eu quero descer!
A vida pode e é simples é só uma questão de escolha. Tem dias que a
vida é muito simples, mas tem dias... ah, tem dias que ela é complicadíssima!
Mas e daí? Qual o problema?
Tem gente que simplifica, tem gente que complica e tem gente que não
está nem aí para a Hora do Brasil. Aposto que você conhece um monte de gente
assim.
Ajudar os outros? Sim, o que ela fez foi trabalho voluntário na
periferia peruana, mas veja, às vezes os necessitados de ajuda estão ao nosso
lado ou somos nós mesmos. Já pensou sobre isso? Ajudar pode significar: ouvir,
falar, contar as novidades, dar colo, dar um abraço, fazer um chamego ou um
elogio, sair pra um café ou almoço, ler um texto, dar um telefonema, escrever
um email... ou um simples bom dia, como vai?
Quantas pessoas você ajudou esta semana? E quantas te ajudaram? Já
recebeu um elogio? Já elogiou alguém?
“Fazer o bem sem olhar a quem”, essa nem precisa de explicação... e sem
esperar nada em troca. Claro!!! A vida é uma teia, uma rede uma corrente
(lembra daquele filme Corrente do Bem?). A coisa vem de quem você menos espera!
Já percebeu isso ou ainda fica chateada porque isso e porque aquilo.
Chega de mimimi!!!! Vai fazendo a sua parte que o que é seu está guardado (Piegas?!
Pode até ser, mas que é verdade é!).
Adaptar-se às adversidades!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! O que????
Defina adversidade? Já perdeu
alguém querido por morte ou afastamento? Já se separou? Já teve filho?
Já casou? Já mudou de país? Já fez intercâmbio? Já mudou de trabalho? Já ficou
sem dinheiro? Já teve que sentar para jantar com alguém que você detesta? Já
teve que comprar roupa maior do que número? Já teve voo cancelado?
Pode listar as coisas que já fez e exigiram que você se adaptasse.
Turismo de experiência pode ser feito aqui e agora.
Pra onde você vai hoje?
Aventure-se!
Ah, e como afirma meu marido, "nunca te busque fora de ti mesmo".
São Paulo, 2º de setembro de 2012.
Linda manhã de sol, calor e seca!
J.